Saúde recomenda prevenção às doenças respiratórias em tempos de pandemia
Com a chegada das estações mais frias, aumenta a probabilidade de as pessoas contraírem doenças respiratórias ou terem agravadas as enfermidades desse tipo já adquiridas. Neste período que a população enfrenta ainda a pandemia de Covid-19, os cuidados devem ser ainda maiores para evitar agravamento dos casos.
A infectologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Adielma Nizarala, lembra que, nas estações de chuva, as pessoas costumam ficar aglomeradas em espaços fechados e úmidos. “Isso desencadeia mais facilmente a transmissão de gripes e resfriados e intensifica os sintomas de rinite e sinusite, alergias que também reagem às mudanças bruscas de temperatura, comuns no período”, explicou a médica.
Adielma recomenda, portanto, que o contato prolongado com muitas pessoas em locais fechados seja evitado. A limpeza dos ambientes de casa e do trabalho também deve ser reforçada, para que se reduza a atuação dos agentes indutores de alergias, como ácaros, fungos e pelos de animais.
“Estimamos, no entanto, a redução dos casos de doenças respiratórias sazonais neste ano, por conta do uso mais frequente de máscaras, que as pessoas adotaram em função da pandemia”, pondera a infectologista.
Vacina contra gripe — A especialista ressaltou, ainda, a importância da vacinação contra a gripe. “A campanha contra a Influenza continua e é importante tomar a vacina, não apenas para evitar a contaminação por essa doença, especialmente neste período, como também para que possamos diferenciar com rapidez os diagnósticos de Covid e de H1N1.”
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza segue em Salvador nos 109 postos de saúde, das 8h às 16h. Já na segunda etapa, contempla crianças com idade entre seis meses e menores de seis anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, professores da rede pública e privada, além dos idosos com idade igual ou superior a 60 anos. Já o drive-thru do Shopping Barra atende exclusivamente a professores e idosos com idade igual ou superior a 60 anos.
Os grupos prioritários que já receberam a vacina contra a Covid-19 precisam se atentar ao intervalo de 14 dias para a aplicação do imunizante contra a gripe, para que a vacina consiga gerar resultados e para que possíveis efeitos pós-vacinais dos imunizantes não se sobreponham. A lista completa dos postos de vacina contra a gripe está disponível no site da SMS, no endereço www. saude. salvador. ba. gov. br .
Identificação – Como as doenças respiratórias apresentam sinais comuns, é importante distingui-las para a realização do tratamento adequado. A Covid-19 tem como primeiros sintomas a febre repentina acima de 38ºC, tosse seca ou com produção de catarro, fadiga, dores musculares, de cabeça, na garganta e calafrios. Menos frequentes são diarreia, vômitos, perda de olfato (anosmia) e de apetite.
A dificuldade de respirar, falta de ar e aperto no peito exigem realização rápida de teste e assistência médico-hospitalar. A doença pode ainda gerar complicações que põem a vida em risco, como pneumonia, que afeta um ou os dois pulmões, insuficiências respiratórias, renais e cardiopatias.
Rinite é uma doença inflamatória das mucosas do nariz, que pode ser alérgica ou não. Os sintomas, parecidos nos dois casos, são edema da mucosa com obstrução nasal, coriza, sequência de espirro, coceira no nariz, na garganta, no céu-da-boca e nos olhos.
Já sinusite é a inflamação da região da face ao redor do nariz, como as maçãs do rosto e os olhos. A versão aguda da sinusite gera dor de cabeça forte, obstrução nasal com secreção amarela, esverdeada ou sanguinolenta, que dificulta a respiração, além de febre, cansaço, coriza, tosse, dores musculares e perda de apetite. A sinusite crônica apresenta os mesmos sintomas, com menos intensidade.
A gripe, enfim, atinge as vias respiratórias e ocorre quando organismo é infectado pelo vírus Influenza. Causa febre alta (mais de 38 °C), dores de cabeça e no corpo, mal estar e fraqueza, tosse, dor de garganta e coriza. Já os resfriados, menos graves, são ocasionados majoritariamente por rinovírus.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom