Lorena repudia fala de vereadora sobre Jesus e lembra leis que punem intolerância religiosa
A vereadora Lorena Brandão (PSC), presente na última sessão do ano de 2019 na Câmara Municipal, se mostrou estarrecida, assim como outros vereadores, pela declaração da edil Aladilce Souza (PCdoB) que questionou “por que Jesus não poderia ser gay?”, em alusão ao especial de Natal do canal Porta dos Fundo exibido pela Netflix . A fala da mesma causou repudio na Casa e nas redes sociais.
“Além de ser um desrespeito com o nosso Mestre, com a religião de outros colegas de Câmara, a vereadora cometeu um grave ato de intolerância. O artigo 208 do Código Penal Brasileiro diz que ‘Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa’”, lembrou Lorena, que questionou se Aladilce iria se importar caso as minorias que ela defende fossem degradadas publicamente como os cristãos foram com a fala da edil.
Lorena ainda lembrou que a Lei 7716/89 também repudia ato de intolerância. “Existem Leis de combate a intolerância religiosa, existem penas que punem estes atos. Foi desnecessário, irônico e de tremenda infelicidade o que a minha colega disse. Precisamos respeitar a fé do próximo, precisamos aceitar as diferenças religiosas”, completou, lembrando de um versículo da Bíblia em Gálatas 6:7, que diz: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”.