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Todos por Todos

Por Júnior Muniz 

Iniciamos 2020 com o surgimento do novo coronavírus, após casos registrados na China. A notícia parecia mais um filme apocalíptico, com a impressão de grande distanciamento do nosso convívio. Mas, em três meses, perante uma realidade globalizada e somada a um vírus de poder altamente contagioso, a doença denominada de Covid-19 facilmente se alastrou e foi considerada pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados sobem a cada dia. Até hoje (19/03/2020) registrou-se 200 mil casos no mundo e 8 mil mortes. No Brasil, após 20 dias do primeiro registro, são 428 casos e 4 mortes.

Apesar do bombardeio de informações, de fatos a fakes e passando pelo super humor e criatividade dos brasileiros, pouco sabemos sobre o vírus e as consequências dessa doença, que causa infecção respiratória, com sintomas parecidos com a gripe – febre e tosse.

A comunidade científica ainda pesquisa sobre prevenção, transmissão, tratamento, vacina e, enquanto isso, seguimos com o trivial arsenal contra o Covid-19, informações bem disseminadas, mas que não custa frisar: ficar atentos a medidas de higiene, como lavar com frequência as mãos com água e sabão ou desinfetá-las com álcool em gel; limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência; não compartilhar objetos de uso pessoal; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com lenço descartável ou braço; manter os ambientes bem ventilados; além de ficar em casa quando estiver doente e evitar aglomerações. Tudo fácil, se não fosse a última orientação. Nós brasileiros, de tão interativos e táteis que somos, vimos com muita dificuldade essa mudança de rotina estabelecida na última semana. Porém, umas famílias antes outras mais tarde começaram a entender a precisão e necessidade para o momento.

Estudos sugerem que o vírus que causa o Covid-19 é transmitido principalmente pelo contato com gotículas respiratórias que se espalham quando uma pessoa com Covid-19 tosse ou espirra – e não pelo ar. Daí a importância de ficar a mais de 1 metro (3 pés) de uma pessoa doente.

Os casos anteriores nos inspiram. Na Itália e Taiwan, por exemplo, demonstram exemplos de caos e controle. O primeiro, registrou mais de 35 mil casos e quase 3 mil mortes e o segundo, apesar de ser vizinho da China (com 3,2 mil mortes), registrou apenas 47 casos e uma morte. E sabe o que o governo de Taiwan fez? Agilidade na ação, logo nos primeiros registros da doença lá na China, com forte monitoramento nas fronteiras e passageiros, além do isolamento social – totalmente respeitado pela sua população.

Seguindo essas medidas de sucesso, prevendo as consequências para um país populoso como o nosso, foi que apresentamos proposição parlamentar que indicou ao governador da Bahia a suspensão de todos os eventos no Estado. O Brasil vivenciou essa semana inúmeros decretos de autoridades para fechamento de locais e serviços públicos, além de centros comerciais. O objetivo foi fazer despertar nas pessoas a necessidade de ficar em casa e assim, segurar a contaminação e garantir condições de tratamento àqueles que vierem a necessitar.

Ainda não sabemos os impactos dessa doença no Brasil e no mundo, mas o momento é de pensarmos no social, na humanidade, na nossa saúde, em condições de vida. Com relação aos impactos econômicos, essa será uma questão a se resolver após a nossa união de agora! Melhor parar pelo bem com saúde, que parar pelo mal com o vírus instalado e sem saber ao certo as consequências para a nossa saúde, da nossa família e do coletivo. Todos devemos ficar em casa, viver a nossa casa, nossa família, o nosso interior. Com Deus acima de tudo, sem motivos para pânico, mas com atitudes conscientes vamos nos isolar agora, para nos abraçarmos depois. Distanciamento social é o que precisamos para uma luta de todos por todos contra o coronavírus. Somos muito mais fortes!

Força e Fé!

Júnior Muniz é deputado estadual pelo PP.

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