Audiência debate concessão de serviços no Parque da Serra do Conduru

O Governo da Bahia, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), finalizou uma série de três audiências públicas para a contribuição da sociedade baiana sobre as propostas de concessão de serviços de apoio à visitação de atrativos e instalações dos parques estaduais. Nesta sexta-feira (28), aconteceu a última audiência sobre o projeto para o Parque Estadual Serra do Conduru, localizado entre os municípios de Ilhéus, Itacaré e Uruçuca. Na quarta e quinta-feira, foram apresentados os projetos desenvolvidos para o Zoobotânico de Salvador e das Sete Passagens, em Miguel Calmon.

O Parque Estadual Serra do Conduru chama a atenção por sua biodiversidade tropical. Possui um potencial ecoturístico imenso não explorado, sendo uma região turística já consolidada. O estudo conduzido pelo BNDES prevê melhorias de infraestrutura, como a revitalização das trilhas, além da implantação de pavilhão gastronômico regional e hospedagens em cabanas suspensas. O desenvolvimento de atividades esportivas, sobretudo o ciclismo, é outro conceito pensado para o local.

Somados, os projetos dos parques da Serra do Conduru, Zoobotânico de Salvador e das Sete Passagens receberão investimentos estimados em R$ 114 milhões. Outro aspecto interessante é a alocação de parte das receitas da concessão para preservação ambiental dos parques e para apoio a ações em turismo e desenvolvimento das economias locais.

“Hoje finalizamos a etapa das audiências públicas sobre os projetos de concessão de três parques naturais do estado da Bahia. Os encontros serviram como espaço produtivo de contribuições das comunidades locais e da sociedade baiana. A próxima etapa do processo de concessão é a consolidação de todas essas contribuições para a elaboração de relatório final que será encaminhado para todos os interessados, e posteriormente serão realizadas as modelagens dos três projetos”, explica a secretária estadual do Meio Ambiente (Sema), Márcia Telles.

A diretora-geral do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Daniella Fernandes, destacou que a concessão não tira do Estado a participação de gestão da unidade de conservação. “Por lei, o Estado continua exercendo protagonismo na gestão de fauna, de conservação das espécies e de garantia do bem-estar animal. É importante também reforçar que não se trata de privatização dos nossos parques, mas sim de concessão de serviços de apoio à visitação aos atrativos turísticos. E a participação popular é de extrema importância. Finalizamos a terceira audiência hoje, mas a população pode enviar suas contribuições até o dia 7 de fevereiro, por meio do formulário de consulta pública”, salienta a diretora.

O Programa de Concessão de Unidades de Conservação do BNDES procura atrair investimentos para o aumento do potencial turístico dos parques naturais do Brasil. As concessões melhoram a infraestrutura dos parques e desenvolvem a vocação turística nestas regiões, aspectos fundamentais para atração de visitantes e investidores. “Em comum, na estruturação de todos os parques, está à preocupação com a preservação ambiental, o fomento ao turismo sustentável e o desenvolvimento das localidades onde estão situados”, ressalta o Gerente Jurídico do BNDES, Felipe Benedito Viana.

As audiências públicas foram realizadas em formato virtual, respeitando os protocolos sanitários estabelecidos para o combate a Covid-19. Mesmo os encontros acontecendo virtualmente, a participação da sociedade nesse processo foi garantida. Além de esclarecer as dúvidas, as equipes técnicas colheram as contribuições, que vão subsidiar e aprimorar os projetos. A sociedade ainda pode enviar contribuições por meio dos sites: www.inema.ba.gov.br/atende/concessao-dos-parques ou www.zoo.ba.gov.br/concessao-dos-parques.