Salvador

Banda baiana Panteras Negras ganha projeção nacional com temporada de shows em São Paulo e Pará

Primeira banda instrumental do mundo formada por mulheres negras e LGBTQI+ participa do Circuito SESC SP junto com a cantora Josyara e do Festival Sonido em Belém

Primeira banda instrumental negra formada por mulheres e LGBTQI+ do mundo, a banda Panteras Negras, formada originalmente em Salvador (BA), se apresenta em 9 cidades do estado de São Paulo junto com a cantora baiana Josyara, no mês de agosto, através do Circuito Sesc de Artes. Os shows levam às cidades paulistas o repertório autoral da banda e do último disco de Josyara, “Mansa Fúria”, além de músicas criadas com Josyara especialmente para este encontro. A banda, que propõe um movimento de várias formações com instrumentistas negras e  LGBTQI+ do Brasil, também se apresentará no Festival Sonido, que acontece de 26 a 28 de agosto em Belém (PA) ainda no final do mês. A circulação mostra o destaque que o grupo Panteras Negras tem alcançado no cenário nacional de música instrumental.

A banda Panteras Negras nasceu de uma iniciativa de Ziati Comazi, idealizador da Nova Estação, produtora e aceleradora musical voltada para mulheres negras. O grupo tem uma formação base com quatro instrumentos: percussão, bateria, guitarra e baixo. “Hoje não temos mais somente uma banda Panteras Negras, mas sim um movimento com diferentes formações de instrumentistas de vários estados que se comunicam com a nossa proposta. A ideia é que o movimento Panteras Negras alcance e agregue musicalmente essas artistas por todo o Brasil”, afirma Ziati.

O movimento Panteras Negras constitui uma trajetória musical envolvendo trocas de aprendizados e revelando identidades e caminhos diversos. “Cada artista contribui para a elaboração de uma obra musical autoral revolucionária que extrapola os limites de um sistema que silencia a produção negra. Promovemos uma sintonia de encontro com estruturas rítmicas e harmônicas que ecoam em sonoridades de influência afro, afoxé, samba-reggae e música afro-cubana”, destaca Ziati.

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