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Ator baiano está indicado ao Prêmio Shell de Teatro

Fábio Osório Monteiro concorre pela atuação no espetáculo “Sem Palavras”, da Cia. Brasileira de Teatro

Ator, dançarino, produtor, baiana de acarajé, negro, nordestino, LGBTQIAPN+ e candomblecista, o soteropolitano Fábio Osório Monteiro está indicado ao 33º Prêmio Shell de Teatro na categoria Ator pela atuação no espetáculo “Sem Palavras”, da Cia. Brasileira de Teatro. Com direção de Márcio Abreu, a peça está concorrendo também aos troféus de Dramaturgia, Direção e duas vezes em Atriz, sendo recordista na edição 2023 da mais tradicional premiação da cena teatral brasileira. A cerimônia de anúncio de vencedores acontecerá no Rio de Janeiro, no dia 21 de março, no Teatro Riachuelo Rio.

“Sem Palavras” é uma ficção livremente inspirada no livro “Un appartement sur Uranus”, do filósofo espanhol transgênero Paul B. Preciado, e nos escritos da autora e ativista brasileira Eliane Brum. É composta de cenas sem palavras assim como de cenas com palavras, corpos e imagens. Estreado na França em setembro de 2021, o espetáculo fez temporadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, além de ter circulado em festivais pelo país, recebendo 11 indicações em três dos principais prêmios teatrais do Brasil – além do Shell, o da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCA) e o Prêmio Cesgranrio de Teatro.

Fábio Osório Monteiro desenvolve sua carreira há 25 anos em trabalhos com suporte na emoção, humor, fé e política. É um artista interessado em pensar o corpo negro na cena, atuante em diferentes linguagens artísticas. Natural de Salvador, carrega a sua casa-cidade para qualquer lugar do mundo. Osório mete dança para alimentar o corpo e faz comida para alimentar a alma. Foi membro cofundador e integrante da Dimenti Produções Culturais de 1998 a 2022. Graduado em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e mestre em Dança pelo Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA, já colaborou com diversos artistas de destaque internacional: Marcio Abreu, Jorge Alencar, Cristian Duarte, Denise Stutz, Cristina Moura, Renato Linhares, Alex Cassal e Xavier Le Roy.

Em 2010, estreou “Edital”, seu primeiro trabalho solo e autoral. O segundo, “Bola de Fogo”, estreou em 2017, quando também se filiou à Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (ABAM). Em 2016, participou da remontagem brasileira do espetáculo “The Show Must Go On”, do diretor e coreógrafo francês Jerome Bel. Em 2020, atuou em “Maré”, da Cia. Brasileira de Teatro. No audiovisual, está no elenco dos longas-metragens “Na Rédea Curta” (2022), de Glenda Nicácio e Ary Rosa, “Receba!” (2021), de Rodrigo Luna e Pedro Perazzo, e “Pinta” (2013), de Jorge Alencar, e dos curtas “Ifá” (2014), de Leonardo França, e “Sensações Contrárias” (2007), de Jorge Alencar. É protagonista da série televisiva “A Lei do Riso – crimes bizarros”, atualmente no catálogo da Amazon Prime Vídeo. Em 2021, atuou e fez a produção executiva do curta-metragem “Via Láctea”, de Thiago Almasy. Na TV, fez participações nas novelas “Segundo Sol” (2018), “A Lei do Amor” (2017), “Haja Coração” (2016), “Boogie Oogie” (2015) e “Alto Astral” (2014). Em 2021, lançou sua primeira publicação, intitulada “Livro de Fogo – chama histórias”, um livro-objeto criado a partir da performance “Bola de Fogo”, pela editora Conexões Criativas. Como produtor, desenvolveu diversas funções de produção em importantes eventos como Festival Panorama (RJ), IC Encontro de Artes (BA), Festival Dois Pontos (RJ), Mercado Cultural (BA), dentre outros. Em 2016, foi vencedor do Prêmio CBTIJ de Teatro (RJ), na categoria Direção de Produção por “Shtim Shlim: o sonho de um aprendiz”.

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