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Sema avança na sustentabilidade do Programa Água Doce com visitas técnicas em Pernambuco

A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e a coordenação do Programa Água Doce (PAD-Bahia) realizaram na sexta-feira (17), em Petrolina-PE, duas visitas técnicas em campo para verificar os avanços na criação de camarões marinhos e cultivo de plantas adaptadas à irrigação com águas salobras, destinadas à ração animal. As visitas ocorreram no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf e nas áreas de experimentação e demonstração da Embrapa Semiárido, finalizando assim a programação do Simpósio do Programa Água Doce (PAD-Bahia).
O objetivo foi consolidar conhecimentos nas áreas de piscicultura e carcinicultura, bem como na agricultura biossalina, para avançar na sustentabilidade do programa. “A implantação dessas unidades produtivas necessita de recomendações técnicas adequadas, visando o êxito produtivo e a sustentabilidade das comunidades atendidas. A oferta de novas alternativas de alimentos e a geração de renda pela comercialização do excedente de produção são benefícios que serão refletidos a partir dessas unidades,” explicou Magno Monteiro, especialista em meio ambiente e recursos hídricos da Sema.
Para Abimael Passos, coordenador técnico do PAD pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o sucesso do uso da água do tanque concentrado do PAD em cultivos biossalinos depende de diversos fatores, incluindo a assistência técnica adequada para o manejo do solo. No entanto, ele destacou que o envolvimento da comunidade é fundamental para o êxito do projeto. “A vivência e experiência dos agricultores familiares serão determinantes para a implementação de unidades produtivas, com as quais eles já estejam familiarizados”, pontuou.
Durante a visita em campo, o professor e pesquisador do Instituto Federal Baiano (IF Baiano), Francisco Sampaio, enfatizou que a instituição está se aproximando do PAD para contribuir com a capacitação e assistência técnica, bem como desenvolver pesquisas para aprimorar o cultivo de peixes e plantas biossalinas. “Como uma instituição de ensino e de pesquisa, o IF Baiano pode compartilhar sua experiência em pesquisa e formação continuada, buscando alternativas que promovam a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico”, pontuou o professor do campus de Santa Inês.
O PAD-Bahia, por meio da Bahia Pesca, realizou um chamamento público para selecionar duas entidades para montar unidades produtivas em piscicultura nas comunidades de Mandassaia II, em Riachão do Jacuipe, e Italegre, em Baixa Grande. O programa já está em fase de repasse financeiro, visando auxiliá-las na aquisição de insumos e equipamentos para adaptação do tanque de rejeito para a criação de peixes. “Será realizada também a capacitação dos responsáveis das comunidades pelo manejo dos peixes, assistência técnica e os auxílios necessários em todo o ciclo produtivo, até a despesca final” como explicou José Sanches Junior, gerente de Projetos da Bahia Pesca.
Foto: Divulgação

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