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Projeto de lei de Ludmilla Fiscina visa instituir cinoterapia e equoterapia nas unidades de saúde do estado

Por meio do Projeto de Lei Nº 24.907/23, apresentado à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a deputada estadual Ludmilla Fiscina (PV) propõe instituir a prática da cinoterapia e da equoterapia em pacientes com doenças ou sofrimentos psíquicos, através da Terapia Assistida por Animais (TAA), nas unidades de saúde públicas e privadas do estado.

A TAA é uma nova técnica que está crescendo em todas as partes do mundo e é considerada uma estratégia terapêutica, através da qual se utiliza a relação humano-animal para promover a saúde física, social, emocional e também funções cognitivas das pessoas. Alguns estudos mostram que a interação com animais treinados em ambientes hospitalares e clínicas de reabilitação podem promover diversos benefícios aos pacientes, sendo, portanto, uma eficiente medida no processo de humanização desses locais e de cura ou melhora do paciente.

“Trata-se de uma prática social e de benefícios da afetividade entre o ser humano e os animais, portanto, este projeto visa ofertar um complemento aos tratamentos tradicionais já realizados, vez que a cinoterapia e a equoterapia são utilizadas para garantir leveza no tratamento e bem-estar aos pacientes”, destacou Fiscina, ao que complementou.

“O principal incentivo para a implementação da lei diz respeito ao treinamento dos animais, para que os estabelecimentos de saúde possam buscar parceiros nas capacitações e para que as unidades de saúde da rede particular possam, por exemplo, adotar animais já adestrados pelas forças policiais por meio de convênios com o poder público”, explicou a deputada.

Na proposição, Fiscina especifica que o tratamento será direcionado para pacientes individuais ou em grupos, de todas as idades e sexo, que apresentem quadro clínicos como lesões neuromotoras, paralisia cerebral, AVC, derrame, traumatismo craniano, entre outros. Dentre os benefícios apontados, destacam-se a melhora da autoestima, das emoções, da comunicação, nas interações sociais, na concentração e outros.

A proposição prevê que o treinamento, a certificação e a seleção dos animais a serem utilizados devem ser realizados por cinotécnico com comprovada formação específica na área e que os estabelecimentos que aderirem à prática deverão conter em seus quadros uma equipe multidisciplinar composta por médico veterinário, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.

Entre as permissões previstas, destacam-se, por exemplo, o acesso de animais domésticos e de estimação nas unidades de saúde para a visitação de pacientes com doenças ou sofrimentos psíquicos, observando-se as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

*Foto:* Aluísio Neto (Ascom/Deputada)

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