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Denunciados por assassinato: Ministério Público Estadual revela detalhes do crime contra líder do Quilombo Caipora

O Ministério Público estadual apresentou denúncia contra cinco indivíduos pelo assassinato de Maria Bernadete Pacífico Moreira, também conhecida como Mãe Bernadete, 72 anos, líder do ‘Quilombo Caipora’. Quatro deles são associados a uma facção criminosa envolvida com tráfico de drogas. A denúncia foi protocolada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco). O crime ocorreu em 17 de agosto, na sede da associação quilombola, na comunidade de Pitanga dos Palmares, município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Os acusados de homicídio qualificado, por motivo torpe, de maneira cruel, utilizando arma de fogo e impossibilitando a defesa da vítima, são Arielson da Conceição Santos, Josevan Dionísio dos Santos, Marílio dos Santos, Sérgio Ferreira de Jesus e Ydney Carlos dos Santos de Jesus. O Ministério Público solicitou a prisão preventiva de Ydney de Jesus. Marílio, portador de quatro mandados de prisão em aberto, e Josevam estão atualmente foragidos. Arielson e Sérgio já estão detidos.

Mãe Bernadete, líder da Comunidade Remanescente de Quilombo Pitanga de Palmares em Simões Filho, foi assassinada na noite de 17 de agosto. Segundo testemunhas, criminosos armados invadiram o terreiro, amarraram pessoas e atiraram contra Mãe Bernadete. Conforme relato de uma fonte próxima à vítima, os agressores fugiram levando os celulares dos familiares. Uma moradora do quilombo, ao chegar ao local, ouviu os tiros e se abrigou dentro de um carro. Ainda não há informações sobre o número de pessoas presentes na residência durante o ataque.

Mãe Bernadete era mãe de Flavio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como ‘Binho do Quilombo’, que foi assassinado em 2017 dentro de seu carro, em frente à Escola Centro Comunitário Nova Esperança, em Pitanga dos Palmares. Ela desempenhava papel de destaque na Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

Foto: Divulgação 

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