Nutricionista ensina como escolher o peixe da Semana Santa
O consumo de pescados no período da Semana Santa é uma tradição compartilhada por muitos. Fontes de proteínas, vitaminas A e E e gorduras boas, os peixes são excelentes opções para compor os cardápios, pois possuem proteínas de alto valor biológico e, normalmente, possuem baixo teor de gordura saturada e calorias. Alguns, a exemplo da sardinha e do atum, são ricos em ômega-3, que desempenham funções importantíssimas para o nosso corpo.
No entanto, como também são altamente perecíveis, requerem cuidados na hora da compra e preparo. Para evitar riscos à saúde é fundamental escolher bem os produtos antes de levá-los ao prato. Além do estado dos ambientes de comercialização, existem indícios que devem ser observados para a garantia da sua qualidade.
Nutricionista, doutora em Alimentos, Nutrição e Saúde e coordenadora de grande área da Ages em Jacobina e Senhor do Bonfim, integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, Fabiana França, alerta sobre a escolha dos pescados. “Para adquirir um peixe fresco é necessário verificar se ele está refrigerado, em gelo ou geladeira, e se a pele está íntegra, com escamas bem aderidas na pele ou com o couro inteiro. Além disso, os olhos do peixe devem estar brilhantes e grandes, sem manchas. Evite peixes com guelras amareladas e com muco, pois isso indica que ele não está apto para consumo e pode prejudicar a saúde”, orienta.
De acordo com a profissional, os peixes congelados são mais simples de comprar. “Mas é interessante observar se existe acúmulo de água e gelo dentro do pacote ou postas muito aderidas umas às outras. Isso é indicativo de que possivelmente as condições de armazenamento não foram adequadas. Confira bem a embalagem, para garantir que esteja íntegra e a temperatura de armazenamento antes de levar para casa”, explica Dra. Fabiana.
Aspectos fundamentais
De acordo Fabiana França, antes de comprar os pescados, o consumidor precisa notar as seguintes características:
Aparência: deve ter pele brilhante, úmida e coloração viva (branca, amarela ou salmonada), com escamas firmemente presas e translúcidas. Evite alimentos com manchas escuras, áreas descoloridas ou sinais visíveis de deterioração.
Olhos: devem ser claros, brilhantes e salientes. Evite peixes com olhos turvos, afundados ou nublados, pois isso pode apontar que não está fresco.
Cheiro: deve ser suave ou ausente, sem odor forte ou desagradável. Evite produtos com cheiro forte ou semelhante à amônia.
Guelras: devem ser vermelhas ou rosadas e úmidas. Evite peixes com guelras acinzentadas, descoloridas ou secas.
Textura: deve ser firme e elástica ao toque, com textura uniforme. Evite opções com carne mole, flácida ou com partes visivelmente danificadas.
Ao prepará-los, também é crucial continuar observando os aspectos de deterioração. Odor forte e desagradável, mesmo após a cocção (frito, grelhado ou cozido), textura viscosa e pegajosa, cor desbotada ou manchas escuras, assim como excesso de muco ou secreção, revelam que estão estragados.