Salvador

Hilton Coelho manifesta solidariedade à Ialorixá Adna Santos e exige punição do presidente da Fundação Palmares

Membro da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado Hilton Coelho (PSOL) repudiou o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, “que em áudios divulgados na terça-feira (2) pelo jornal O Estado de S. Paulo fez acusações à Ialorixá Adna Santos, nossa Mãe Baiana de Oyá. Também a chamou de ‘macumbeira, filha da…, miserável que inferniza a vida de todo mundo’. Ora, sua fala mostra o caráter ou a falta dele. Um servidor do obscurantismo e mesmo sendo negro, igual a um capitão do mato, ataca as raízes culturais e religiosas do povo negro. Exigimos uma punição exemplar e seu imediato afastamento da Fundação Palmares”, disse o legislador.

Ele afirma também “a solidariedade ao povo de santo em geral que sempre sofre ataques produzidos pelo racismo, algo estrutural em nossa sociedade e que deve ser combatido. Os ataques a Mãe Baiana de Oyá atingem a todas e todos que desejam uma sociedade justa e igualitária, sem discriminações e que o racismo seja combatido e punido. As religiões de matrizes africanas têm na mulher as bases para constituição familiar e do sagrado. Os ataques do capitão do mato que ocupa a direção da Fundação Palmares é um ataque misógino que fortalece o racismo”.

Hilton Coelho expressa seu repúdio “a quem, mesmo sendo negro na pele comporta-se como serviçal de uma ideologia racista. Alguém que diz que Zumbi dos Palmares prestou um ‘desserviço’ ao Brasil mostra que não pode ocupar a direção de uma Fundação criada para valorizar a cultura negra no Brasil. Condenamos quaisquer atos de racismo, machismo, venham de onde vier. Sérgio Camargo ocupa uma função pública e suas declarações podem ser classificadas como crimes administrativos no exercício de função pública. Reafirmamos nossa solidariedade e apoio a Mãe Baiana de Oyá e estaremos na luta para que uma punição judicial exemplar atinja este senhor que, volto a dizer, comporta-se como capitão do mato”, conclui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *