A descaracterização educacional em casa e na escola
Entre os Séculos XX e XXI a descaracterização educacional familiar e o ensino perderam a essência e foram os pilares que levaram gerações nascidas a partir dos anos 80/90 agirem com comportamentos inadequados e extremos, o que causou um novo modelo de relações entre pais e filhos.
Exemplo da má formação escolar e familiar são as atitudes nos episódios abaixo:
“A juíza em Santa Catarina, impediu uma criança de 11 anos, grávida e vítima de estupro, de realizar um aborto. Possivelmente o estupro da menina de 10 anos foi praticado por adolescente de 13 anos e o Procurador que agrediu a colega Procuradora, durante expediente em São Paulo.”
O ser humano está agindo como seres desumanos e a sociedade vem sendo cruel com ela mesma, face a descaracterização educacional em casa e na escola ferramenta para o crescimento da violência.
Resgatar a essência familiar e escolar é um dever cívico de todo cidadão, considerando que a falta de afeto e dialogo no seio familiar tem contribuído e muito para a baixa autoestima dos filhos, causando em primeira instância ao individualismo, despreparo emocional, falta de amor a si própria, automutilação, isolamento, ingresso nas drogas, na delinquência e até ao suicídio.
Na minha concepção de pai, avô e profissional o crescimento da violência contra a mulher, a criança e a pessoa idosa têm muito a ver com os maus exemplos visto pelos filhos em casa.
A minha mãe ensinava aos filhos:” Quando constituírem suas famílias, discordância entre marido e mulher é normal, mais não se deve discutir na frente dos filhos”.
Filhos são referências e exemplos da educação e dignidade dos pais. E vergonhoso como o desrespeito já começa em casa, reflete na escola e no trabalho. As crianças não respeitam mais professores e funcionários não por culpa deles, mas sim, por culpa de muitos pais que não colocam a questão da educação familiar como prioridade, afinal a educação é a base de tudo para o desenvolvimento humano.
Disciplina, limite e responsabilidade se aprendem em casa. Interação, amizade, lealdade, pureza, solidariedade, cooperação e compartilhamento entre irmãos, vizinhos e colegas de escola se aprendem também em casa. São princípios e valores educacionais do ser e não do ter consumismo. O ter na cabeça dos jovens na atualidade, é o que prevalece, sendo um dos causadores do desvio de conduta, levando a caminhos sem volta.
Muitos pais esquecem que filhos querem é um amigo para conversar, assistir um filme, um show, ir ao estádio e restaurante, uma praia, enfim, quer estar ao lado do pai, irmão de fé e camarada e não um estranho.
Hoje, o que mais se vê são filhos órfãos de pais vivos e depressivos por falta de afeto dos pais. Quando querem falar com o pai ou a mãe, esses estão ocupados com muitas atividades (trabalho, novelas e etc) o que tem provocado o filho a recorrer ao uso de drogas e ingressar no mundo do crime.
Parte da Juventude encontra-se desestimulada e alheia a uma palavra de conversa para “CONVERSAR”.
Muitas vezes, por desencanto ou por ser órfão de pai e mãe vivos, vai buscar no tóxico e na vadiagem a solução para suas carências que, certamente não existiriam se houvesse mais atenção, carinho, amor, harmonia, paz e felicidades em famílias.
“Todo homem, cada homem, é responsável pelo destino da humanidade, por suas ações ou omissões”. “O individualismo gera o egoísmo, raiz de todos os males”.
“A dignidade do homem reside na família” (papa João Paulo II).
Princípios, valores, disciplina, limite, ética, responsividades, honestidade, comprometimento com os afazeres e dignidade são as ferramentas básicas de formação, transformação e socialização da criança, considerando que família é o alicerce da educação, base de todo cidadão. Só poderemos formar bons cidadãos ensinando às crianças desde as primeiras letras a serem cidadãos.
Pais educam e a escola ensina! “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”.
Votar bem nas eleições é também uma questão de educação. Vamos dá início a mudança e a transformação, elegendo e reelegendo políticos íntegros, coerentes e comprometidos com investimentos na EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL nas eleições de 02 de outubro, buscando uma melhor qualidade da educação pública para às novas gerações como defendeu Anísio Teixeira.
“MUITO O QUE NOS LEVA AO SOFRIMENTO É A IGNORÂNCIA.”
“NINGUEM é TÃO FORTE QUANTO TODOS NÓS JUNTOS!”
Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas, Ex- Superintendente do SESCOOP- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, Ex- Assessor do IAT – Instituto Anísio Teixeira, Assessor da UFBA-Adjutória de Pesquisa e Pós Graduação e Ex-Consultor Técnico da UFES- Universidade Federal do Espirito Santo www.aldericosena.com