Abstinência zero: Prefeitura dá 66 mil lubrificantes e um milhão de camisinhas na folia
“Ficamos juntos todos esses dias. Nos identificamos nos mínimos detalhes e até no gosto musical”, disse Tiago, enquanto acompanhava o trio de Ivete, hoje (25), no Campo Grande. Ao mesmo tempo, o rapaz também estava de olho na chegada do crush, que ainda subia a escadaria do metrô. Não era atraso, mas ansiedade, como confessaram.
Qual será a fórmula aplicada ao amor duradouro? Não se sabe ao certo, mas a paquera que rola solta na passagem dos trios, nos camarotes e dentro dos blocos pode, a qualquer momento, deixar de ser affair para virar relação.
“Mas é essencial o sexo seguro, com os dois atentos a esse detalhe. O uso de preservativos deve ser combinado”, disse a comerciária Paula Franco, que chegou a casar com um paquera que conheceu no Relógio de São Pedro, na folia 2010. “Foi uma surpresa para mim. Achei que não fosse rolar nada além e, no terceiro dia depois da festa, ele me ligou”, contou Paula. “Por isso, nunca posso dizer que não vai dar certo. Nunca podemos dizer ‘nunca’”, acrescentou.
Sexo protegido – Se até as últimas horas de folia pintar um convite para algo mais quente, é importante que sexo seja protegido. Não dá para esquecer da camisinha. O método contraceptivo é indispensável para evitar gravidez indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis.
Neste Carnaval, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), distribuiu 972 mil camisinhas masculinas, 11 mil femininas e 66 mil embalagens com gel lubrificantes nos circuitos da folia. Tudo isso para que os “pombinhos” do Carnaval possam se divertir mesmo que depois o romance vire cinzas.