Adolfo Menezes diz que golpismo do 8 de janeiro “feriu, mas também revelou uma democracia fortalecida”
Presidente do Legislativo estadual, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues, celebrou “alicerces inabaláveis da Constituição, cujo guardião-mor é o STF”
Anfitrião, na capital baiana, do ato que marcou a passagem de um ano das ações terroristas que vandalizaram a sede dos três poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia — ALBA, deputado Adolfo Menezes (PSD), disse que o vandalismo na capital federal “tentou ferir de morte, mas a democracia saiu ainda mais fortalecida no Brasil”.
“Poderíamos estar nos preparando, neste 8 de janeiro, para a nossa secular devoção ao Senhor do Bonfim – cujo templo, na Colina Sagrada, completa 270 anos neste 2024. Contudo, estamos aqui, neste tórrido Verão baiano, para exaltar a liberdade e a democracia, afrontadas por golpistas, defensores do arbítrio e da ditadura”, discursou o chefe do Legislativo estadual.
Chamado de “Democracia Inabalável”, ocorrido hoje (8.01) nas principais cidades do país, o Ato Público em Defesa da Democracia e Contra o Golpe, em Salvador, aconteceu no Auditório Jornalista Jorge Calmon, na sede da Assembleia Legislativa da Bahia. A iniciativa na Bahia, que lotou o auditório da Casa do Povo, foi das centrais sindicais e movimentos populares.
Adolfo Menezes elogiou a postura do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, na defesa da democracia, para quem pediu uma salva de palmas. “O ministro Moraes foi um homem de coragem. Não empunhou uma metralhadora, mas a letra da lei, correndo até risco de morte, com o plano macabro para enforcá-lo”, lembrou.
Depois de citar o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill (1874 – 1965), “a democracia é o pior dos regimes, à exceção de todos os outros”, Adolfo Menezes salientou a atualidade do jurista baiano Ruy Barbosa (1849 – 1923):
“As nações, senhores, não armam os seus exércitos para serem escravizadas por eles. As nações não fazem os seus marechais para que eles venham a ser na paz os caudilhos de facções ambiciosas”.
Uma plêiade de personalidades da política baiana, do movimento sindical e de povos originários prestigiaram o evento, entre eles o governador Jerônimo Rodrigues (PT),
o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), o senador Otto Alencar (PSD), a procurador-geral Norma Cavalcante, além de diversos deputados estaduais e vereadores.
Fotos: Sandra Travassos/ALBA