ColunistasPolítica

Alderico Sena defende a criação do PNB – Partido da Negritude do Brasil

Sendo o segundo maior país do mundo com população negra (atrás apenas da Nigéria), o Brasil é um território que possui grande diversidade cultural, étnica e social. Porém, esta mesma diversidade não aparece em alguns lugares, como, por exemplo, na política. Como está o índice de negros em cargos políticos no Brasil?

Os eletivos são aqueles eleitos pela população durante as eleições, como Presidente, governadores, Prefeitos, Senadores, deputados Estadual, Federal e Vereadores. Já os cargos de nomeação, como o nome diz, são aqueles designados ou nomeados pelo Presidente da República, Governadores e Prefeitos, dificilmente à representatividade negra em cargos políticos compõe o staff. Em nível do STF – Supremo Tribunal Federal, foi nomeado pela primeira vez um negro Joaquim Barbosa e que representou a negritude muito bem com autonomia, isenção e imparcialidade.

Segundo Alderico Sena, candidatos negros que se elegem possuem grandes dificuldades para seguir em frente com a campanha, devido a maioria possuir escolaridade incompleta e pouca estrutura financeira. Além disso, a ausência de representantes políticos negros acaba por se naturalizar. Políticas públicas são votadas e atingem significativamente uma minoria sem ao menos que um representante da mesma esteja presente. Este tipo de estudo revela a desigualdade social presente no país, mesmo sendo em esferas de alto poder.

Analisando os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as eleições de 2016, quando fui candidato a Vereador com recursos próprios, depois de 26 anos sem disputar uma eleição, a quantidade de candidatos negros eleitos segue inferior à quantidade de candidatos brancos. São 29,11% dos prefeitos autodeclarados negros e 70,29% dos candidatos brancos. O mesmo ocorre para o cargo de vereador: 42,07% negros e 57,13% brancos. A diferença também é notada quando fazemos o recorte para mulheres negras, mas este é um outro assunto, que requer abordagem mais profunda.

É no Poder Legislativo que o negro deve estar inserido para defender a inclusão da raça negra no mercado de trabalho e buscar as alternativas para conter o feminicídio a violência da criança, da mulher, do jovem e do o idoso negro.

A população negra precisa discutir, debater e entender o que pensa a população negra do país, a respeito de suas urgências e realidades e é na política que, por sua importância básica, a NEGRITUDE, deve focar e criar o próprio partido político PNB – Partido da Negritude do Brasil,   é na área do governo e na política que se decidem os destinos do país e as condições de vida da população como um todo. Quem quer respeito busca os meios legais para ser respeitado! O PNB será o pontapé inicial.

 Com a representação negra nos três Poderes Constituídos o Artigo 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza , garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade de direito à vida , à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil”.

Alderico Sena – Bacharel em Teologia Sociedade e Política, Especialista em Gestão de Pessoas e Ex-Diretor Executivo da SECNEB- Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil – aldericosena@gmail.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *