A essência e a descaracterização dos Movimentos Sociais e da Militância
Considerando que Partidos e políticos desprezaram os Movimentos Sociais e a militância, devido ao Poder e o Capital predominante. Considerando que os Movimentos Sociais são ferramentas adequadas para identificar os problemas e necessidades das comunidades e classes trabalhadoras. Considerando à aproximação das eleições municipais, proponho aos meios de comunicação abrir espaço e entrevistar dirigentes de Movimentos sociais e classes, visando contribuir e identificar carências e reivindicações da sociedade. Atribuição do político e de governante é servir a Nação e ao País e não se servir da Nação e do País.
O conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um segmento da sociedade organizada que tem como objetivo alcançar mudanças educacionais, culturais, econômicas, sociais e políticas por meio do embate político. Movimentos sociais são de extrema importância, porque cobram mudanças, reivindicam transformações, e mostram quando a classe não está satisfeita com as medidas adotadas pelas instituições públicas e privadas, além de cobrar medidas, quando necessário, porém os movimentos sociais perderam força com o passar do tempo. Os movimentos sociais do Século XX diferem dos movimentos sociais do Século XXI, em termos de organização, mobilização e participação. Uma das ferramentas para reduzir a desigualdade social, a fome, a miséria a falta de saneamento básico, melhor educação, saúde, segurança, distribuição de renda e condições de vida ao povo é através dos Movimentos Sociais. Os Movimentos Sociais devem exigir a descentralização do Poder com maior participação dos movimentos nas decisões para impedir os desmandos praticados contra o erário público e a corrupção nas Instituições públicas do País.
A omissão e a não participação de associados nas respectivas entidades de classes e sociais deram origem a perdas de direitos irreparáveis aos trabalhadores e às comunidades como também contribuíram para o crescimento da atuação dos corruptos e corruptores como a que ocorreu recentemente no processo de compra de respiradores nos Estados.
O associativismo no Brasil perdeu a essência pelo fato de algumas entidades representativas terem desviados os objetivos estatutários, bem como afastaram associados das entidades representativas, devido a centralização de poder por determinados “dirigentes” de entidades representativas.
A descaracterização das Convenções partidárias e dos movimentos sociais também contribuíram e muito para a escassez de líderes autênticos e éticos no processo político-eleitoral. Foi justamente a partir da década de 90 que bons políticos deixaram de participar do Sistema político-eleitoral arcaico e corrupto por não compactuar com o jogo do balcão de negócios. Esse afastamento foi de um prejuízo incalculável para a sociedade e para o país. Até os anos 80 tivemos bons líderes e políticos nascidos nos grêmios e diretórios nas unidades de ensino, mas essa riqueza foi quebrada com o regime militar de 1964. Essa é uma das razões do péssimo nível de representação política, por termos uma Juventude temerosa e despolitizada. Enquanto os movimentos sociais e a militância atuarem de forma fragmentada e despolitizada não construiremos um Brasil melhor para todos. Precisamos resgatar e fortalecer os movimentos sociais, inclusive, grêmios e diretórios estudantis para inserir os jovens na política. Acredito e luto por esta transformação para os Novos Rumos do Brasil, considerando que toda e qualquer decisão é política. A reconstrução do Brasil se faz necessário para deixarmos um País melhor para as futuras gerações. Quem não gosta de política é governado por quem gosta. Pensem Neles Eleitores!
“O Analfabeto Político – O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.
Neste epilogo, envio esta mensagem aos Movimentos Sociais, Militância, Eleitores aos Trabalhadores. QUEM QUER RESPEITO SE RESPEITA!
“Todo poder emana do povo”. “A única coisa que mete medo em político é o povo na rua” Ulisses Guimarães
Mudar dói, continuar como está dói. Escolha uma das Dores e pare de reclamar. “Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles”. Rui Barbosa
Alderico Sena – Bacharel em Teologia Sociedade e Política, Especialista em Gestão de Pessoas, Coordenador de Pessoal da Assembleia Estadual Constituinte – 1989, Movimentos Sociais que colaborei Ex-Superintendente da OCEB- Organização das Cooperativas do Estado da Bahia, Presidente da ASSEP/EPABA – Associação dos Servidores da Empresa de Pesquisa Agropecuária da Bahia, Ex-Presidente do Movimento dos Aposentados do PDT/Bahia e Ex-Vice-Presidente Nacional do MAPI/PDT, Ex-Diretor do MDI Movimento Desperta Itapuã, Presidente da 6ª Zona Eleitoral Brotas/PDT, Diretor da Associação de Moradores do Conjunto Magalhães Neto Engº Brotas, Ex- Diretor da SECNEB- Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil, Membro Fundador da ASAP/CAP- Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas da Previdência Federal na Bahia, Membro Fundador da APALBA -Associação dos Portadores de Albinismo da Bahia, Colaborador da OSCIP Rio Limpo, Ex-Sindico do Condomínio Pedras de Brotas, Ex-Membro do Conselho Fiscal do Condomínio Vilas do Joanes e Ex-Membro do Conselho Fiscal do Grupo Escoteiro Maestro Wanderley www.aldericosena.com – aldericosena@gmail.com