As consequências de pais ausentes é um dos fatores que também gera violência

A  inversão de valores conquistou espaço nas famílias modernas. Devemos nos preocupar com o que desejamos deixar para os filhos dos nossos filhos se os pais não impor respeito e não forem impostos limites, disciplina, responsabilidade e compromisso com os princípios e valores do ser humano.  Quem quer respeito se respeita!

É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais. A educação vem do exemplo, das atitudes, e com toda certeza Educação vem de casa. O maior patrimônio que pai e mãe podem deixar pros seus filhos é educação. Educação é a ferramenta básica para socializar o ser humano.

Solicito atenção da sociedade, principalmente dos eleitores quanto as mensagens do Mestre Darcy Ribeiro em 1982, porque é na área do governo que se decidem os destinos do país e as condições de vida da população. “A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto e Se os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios.” É UMA REALIDADE!

Uma das ferramentas causadoras da violência, desigualdade social, discriminação racial, dentre outros desprazeres que a sociedade enfrenta no seu dia a dia tem tudo a ver com a falta de investimento na EDUCAÇÃO. Muito do que nos leva ao sofrimento é a ignorância pelo fato da educação está deseducada em casa e na escola.

Aprendi que é preciso SER para ter. A luta pelo sucesso prejudica o Ser Pai. O pai moderno, muitas vezes perplexo e angustiado, passa a vida inteira correndo como um louco em busca do futuro e esquecendo-se do seu maior tesouro, o filho.  Nesse anseio do ter, pais não vivem o presente e com prazer e orgulho, a cada ano, preenche a declaração de bens para o Imposto de Renda com lotes, apartamentos, casa de praia, automóveis e abordam aos amigos que tudo custou lutas, ele está sedimentando o futuro de sua família, pensa que se partir de repente, cumpriu sua missão e não deixará filhos desamparados.

Ele não se contenta com um emprego só, vende férias, leva serviço para casa, viaja bastante, almoça fora, por fim é um dinâmico executivo que não pode fraquejar. O cidadão que pensa no ter sempre mais, e, se esquece de que a verdadeira declaração de bens são os seus filhos, tesouro que verdadeiramente tem de mais primordial, que são os filhos que colocou no mundo, a quem tem o dever de dedicar o melhor do seu tempo, repassando educação, amor, exemplo e segurança.

As consequências de pais ausentes é um dos fatores que também gera violência.

“A ausência paterna é um tema relevante quando discutimos a violência juvenil e o desenvolvimento emocional dos jovens. Vamos explorar alguns aspectos relacionados a essa questão:

1. Função Paterna e Identidade:
   • A presença do pai desempenha um papel fundamental na construção da identidade da criança e do adolescente. O pai atua como um facilitador de separações, permitindo que o filho desenvolva sua individualidade.
   • Ele também protege a família, estabelecendo limites entre o mundo interno e externo.
   • No entanto, para que o pai exerça essa função, é essencial que ele esteja presente emocionalmente e se envolva afetivamente com seus filhos.
2. Impacto da Ausência Paterna:
   • A ausência do pai, seja física ou afetiva, pode levar a sentimentos de autodesvalorização, abandono, solidão e insegurança.
   • Esses sentimentos podem começar na infância e persistir até a idade adulta, afetando a capacidade do jovem de estabelecer relacionamentos saudáveis.
3. Violência e Contexto Social:
   • No Brasil, as mortes por violência interpessoal têm aumentado desde a década de 1980, sendo a principal causa de morte na população jovem.  
   • A ausência de referências paternas pode contribuir para esse cenário, pois a interiorização da imagem e da metáfora paterna é essencial para a formação de valores éticos e cidadãos.

Em resumo, a presença ativa e afetiva do pai é crucial para o desenvolvimento saudável dos jovens e para a prevenção da violência. É importante promover a conscientização sobre a importância da função paterna na sociedade.”

Os filhos não estão interessados nos bens patrimoniais nem no aumento de renda familiar, eles querem um pai presente para conviver e compartilhar seus sentimentos e momentos. Uma realidade invisível, filhos crescem e pais nem percebem porque se entregou de tal forma a construção do futuro, que não participou de suas pequenas alegrias, não os levou ao colégio, a uma festa infantil, não foi a um estádio de futebol, ao cinema, ao teatro, dentre outras ações. Com estas atitudes os filhos se sentem como órfãos de pais vivos.

Com certeza, muitos filhos são órfãos de pais vivos, o pai para um lado e a mãe para o outro, e a família desestruturada, sem amor, sem dialogo, sem convivência. Há irmãos crescendo como verdadeiros estranhos, que só se encontram de passagem em casa, e para ver os pais, é quase preciso marcar hora e o resultado são jovens carentes de atenção e depressivos.

Pais que estão passando por dramática experiência pelo fato de não ter aplicado o melhor tempo aos filhos, como este depoimento: “Agora, estou com o resultado de tanto esforço: construir o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda de Luiz Otávio e Priscila. O que valeu construir, se meus filhos não poderão mais constar na declaração de Imposto de Renda na linha de dependentes. Se o dinheiro e bens não foram capazes de comprar a cura do meu filho que se drogou e morreu; não foi capaz de evitar a fuga de casa de Priscila que se prostituiu, e dela não tenho mais noticias, para que serviu a ambição e escravo do Ter bens e dinheiro” se não é capaz de ser pai presente e amigo. As conseqüências de pais ausentes têm levado filho cometer até suicídio e ingressar na delinqüência.  

“O QUE DESTRÓI O SER HUMANO? Política sem princípios, prazer sem compromisso, riqueza sem trabalho, sabedoria sem caráter, negócios sem moral, ciência sem humanidade e oração sem caridade” Gandhi.

A sociedade só está sabendo julgar e subjugar governos e políticos e quem vota e elege os mesmos em 2 em 2 anos a cada eleição? Quem não gosta de política é governado por quem gosta. “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.” BRECHT

Senhores Pais, é esse Brasil que vocês querem deixar para os filhos dos seus filhos? Quem cria e descria qualquer coisa é o ser humano e sem educação não há solução para construção do país com que todos sonhamos.

Os eleitores precisam a partir das próximas eleições pesquisar antes de dar o seu voto a história profissional, caráter, competência e o compromisso dos candidatos em defender EDUCAÇÃO de qualidade como instrumento transformador da humanidade.

“Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo.”

Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas e Ex–Assessor do IAT – Instituto Anísio Teixeira – site: aldericosena.com