Baixa cobertura vacinal da Varicela é a causa do surto de catapora em Salvador e na Bahia
Nesta semana a Bahia entrou em estado de alerta sobre o aumento nos casos de catapora em alguns municípios, até o dia 12 de agosto deste ano, foram contabilizados 443 casos da doença em todo o estado.
O alerta ocorreu após um aumento na notificação de surtos em unidades escolares de alguns municípios. As baixas coberturas vacinais representam risco iminente para ocorrência de surtos e casos graves de catapora no estado – e consequente aumento dos internamentos. O Brasil é referência mundial no Programa Nacional de Imunização (PNI), e não há dificuldade de oferta de vacinas por parte do estado.
A varicela, também conhecida como catapora, causa inflamação visível na pele, dor de cabeça, pneumonia e infecção no ouvido. É um vírus que se propaga de forma muito rápida e pode ser grave se migrar para os órgãos internos.
A vacina auxilia a conter a propagação dessa enfermidade, que é particularmente perigosa quando contamina adultos. A imunização é realizada em duas doses. A primeira é aplicada a partir do 15º mês de vida e faz parte da Campanha Nacional de Multivacinação. Cabe salientar que quanto maior o número de pessoas vacinadas, menor a chance dos agentes infecciosos se espalharem.
Segundo Marcos os municípios precisam urgente fazer ações de incentivo e chamamento para que as crianças sejam vacinadas. “Além das ações de incentivo dos municípios, é preciso que os pais também estejam atentos a necessidade de manter a caderneta de vacinação dos filhos em dia”, afirma.
De acordo com dados do Tabnet desta quarta-feira, 16 de agosto, o índice de vacinação da Varicela em Salvador é de 33,95% sendo que o recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95%. Desse modo, as unidades de saúde precisam buscar estratégias para a vacinação, seja por busca ativa, campanha de vacinação ou ir in loco nas escolas e casas da população.
A melhor forma de prevenir o seu filho é por meio da vacinação, que está disponível na rede pública. “É importante ressaltar que apesar de mais comum entre crianças, os adultos não vacinados e que nunca tiveram a doença podem desenvolver a catapora, se houver contato com o vírus”, reforça Marcos Sampaio.