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Candidatos a Prefeito Cadê o hospital da pessoa idosa e deficiência física?

Governantes, a pessoa idosa cumpriu seus deveres, só restam direitos!

Escrevi um artigo, Envelhecimento populacional no novo século, um desafio a ser debatido pela sociedade, publicado na Tribuna da Bahia em 16 de setembro de 2011.

Volto a informar que o envelhecimento populacional é uma realidade e o governo não investe em políticas públicas para pessoa idosa, é só observar o horário da propaganda política, qual o candidato a Prefeito que defende nas suas propostas o hospital para idosos e deficiência física.

No horário político se verifica candidatos tratar de hospitais do Homem, Veterinário, Criança e da Mulher, mais nada quanto a criação de hospital para o Idoso e Portador de Deficiência Física, garantidos na Constituição no artigo 227 Inciso II “Criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência física , mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos” e para o idoso garantido no Artigo 230 “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida” nada é apresentado.

Defendo o hospital do idoso e portadores de necessidades especiais desde o ano de 2011, conforme expedientes protocolados no governo federal, estado Bahia e Prefeitura de Salvador e artigos publicados – A construção do hospital para idosos será uma realidade no Jornal A TARDE em 31/07/2018 e no Notícia Livre em 02 setembro 2019 – A Falta de Políticas Públicas para os Idosos.

O idoso, enfrenta diariamente sérias dificuldades para marcação de atendimento médico nas unidades por falta de Geriatra, Neurologista, Reumatologista, dentre outras especialidades, até mesmo pelo plano de saúde do estado, o PLANSERV e são obrigados a pagar consultas a médico particular.

A Política Nacional do Idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.

O Brasil é um País em crise. Crise moral, política e institucional. É uma crise que afeta o idoso e todas as outras idades. Se as perspectivas dos idosos são poucas, o mesmo acontece com os jovens, para os quais o caminho há de ser bem mais longo e as possibilidades para o futuro bem menores. Envelhecer é um triunfo, mas para gozar da velhice é preciso dispor de políticas públicas adequadas que possam garantir um mínimo de condição de qualidade de vida para os que chegam “lá”. Lembrando que os jovens, todos, têm dentro de si o idoso de amanhã.

O desrespeito dos governos a Constituição Federal, Artigo 230, a Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) e a Lei Nº 8.842, de 04 de Janeiro de 1994, que define: “A política Nacional do idoso”, regida pelos seguintes princípios: “I – A família, a sociedade e estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem estar e o direito à vida; II – O processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto de conhecimento e informação de todos; III

– O idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; IV – O idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas através desta política;

V – As diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral. São competências das instituições públicas: a) prestar serviços e desenvolver ações voltadas para o atendimento das necessidades básicas do idoso, mediante a participação das famílias, da sociedade e de entidades governamentais e não governamentais. b) estimular a criação de incentivos e de alternativas de atendimento ao idoso, como centros de convivência, casas de lares e oficinas e outros. c) planejar, coordenar, supervisionar e financiar estudos, levantamentos, pesquisas e publicações sobre a situação social do idoso, dentre outras ações”. Na área de saúde: garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis de atendimento; incluir a Geriatria como especialidade clínica, para efeito de concursos públicos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais, dentre outras ações.

Os aposentados além de terem seus benefícios reduzidos a cada reajuste do salário mínimo pelo governo, estão também sendo obrigados a cancelar os seus planos de saúde por motivos financeiros.

Lembrando que os idosos têm algumas décadas a mais de cidadania do que os jovens, e isso confere reconhecimento ou pelo menos o direito de lutar por uma melhor qualidade de vida. A questão da velhice não é só uma questão dos idosos, é de todos os brasileiros, pois todos serão velhos amanhã e também todo cidadão tem o dever de denunciar à autoridade competente qualquer forma de negligência ao direito e desrespeito ao idoso.

Honestamente, só vejo uma alternativa para transformar esse desrespeito do governo com a pessoa IDOSA. É através da política do querer é poder, considerando que são 40 milhões de aposentados que unidos e organizados politicamente conquistarão o PODER, porque é na área do governo que se decidem os destinos do país e as condições de vida da população.

Vejamos como é possível a moralização do Sistema Político no Brasil se o aposentado quiser exercer a cidadania e a consciência política, visando transformar um Brasil melhor para as futuras gerações, basta 4 (quatro) votos na família de cada 40X4 = 160 milhões de votos, onde elegerá todos vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e Presidente da República. É assim que o SER vence o TER da elite capitalista e dos políticos corruptos.

Todos os desmandos praticados contra o Brasil na minha concepção política estão clarificados na mensagem do Lima Barreto: “O Brasil não tem povo, apenas público. Povo luta por seus direitos, público assiste de camarote”.

Em 2026 teremos novas eleições. A hora é de ação e não de omissão. Seja a mudança e pare de reclamar.

 

Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas, Ex-Diretor Regional de Pessoal do INAMPS/BA, Ex-membro do Conselho Nacional de Previdência Social e Ex-Presidente do Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT/BA – site: aldericosena.com

   

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