Centro de acolhimento já atende 50 crianças em primeira noite do festival
Foto: Jefferson Peixoto/Secom
Cinquenta crianças e adolescentes já estão atendidas no Centro de Acolhimento, Aprendizagem e Convivência situado nas dependências da Escola Municipal Luiza Mahim, no bairro de Armação. Nesse primeiro dia de funcionamento, os filhos de comerciantes informais que trabalham no Festival Virada Salvador já estão se divertindo com uma série de brincadeiras promovidas por agentes da Guarda Civil Municipal (GCM).
Karaokê, jogo de pergunta e resposta, totó, corrida de saco e dança das cadeiras fazem parte dos jogos recreativos. Envolvida na brincadeira com os pequenos, a secretária de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude, Rogéria Santos, responsável pelo espaço, conta que a estrutura foi pensada e montada com muito amor, carinho e dedicação.
“A gente sabe muito bem que esse é um momento de ruptura de vínculo, porque essa mãe vem para o trabalho, vai catar reciclagem, e nesse momento há uma ruptura de vínculo familiar. Então, pensamos em uma forma de compensar essa ruptura para que a criança encontre aqui bem-estar, se sinta amada e acolhida”, afirmou Rogéria.
E todo esse planejamento vem despertando o interesse das crianças e dando cada vez mais segurança às mães. Kely Cristina Santos, de 39 anos, levou a filha Eloá Santos, de um ano e nove meses, e se surpreendeu com a estrutura. “Eu estou muito feliz com o atendimento dos profissionais e com tudo que está disponível para minha filha. Aqui ela terá o apoio de psicólogos, assistência médica e alimentação adequada. Eu vou trabalhar despreocupada porque sei que o meu maior tesouro está em boas mãos”, disse.
Andreia Silva, 37, deixou Alana Vitória, de oito meses, no local e se sentiu mais tranquila. “Aqui ela estará muito melhor do que comigo, exposta ao risco de uma desidratação. Além disso, no trabalho eu não ia conseguir dar a atenção que ela merece, ia mexer com dinheiro e com isso ela poderia pegar alguma bactéria”, contou ela, que vai vender cerveja na Arena Daniela Mercury durante os cinco dias de festival.
Funcionamento – O centro de acolhimento é disponibilizado pela Prefeitura, por meio da SPMJ e está situado na Avenida Simon Bolívar, nº 471, Armação. Com capacidade para até 100 crianças, o espaço começou a funcionar a partir das 7h deste sábado (28) e vai até as 12h do dia 2 de janeiro.
As crianças têm direito a seis refeições diárias e a atrações especiais, envolvendo brincadeiras e atividades lúdicas. Uma equipe composta por 85 profissionais qualificados e capacitados, como assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e educadores sociais, além da equipe de coordenação da SPMJ, está trabalhando diariamente no local.
Por meio de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Centro de Acolhimento, Aprendizagem e Convivência também está contando com a presença de um médico de plantão das 8h às 13h. O local também está aceitando doação de roupas, sapato se brinquedos para meninos e meninas de 0 a 17 anos.
Outras festas – No ano passado, 103 crianças e adolescentes foram acolhidas no mesmo endereço e participaram de brincadeiras diversas, como banho de mangueira, cabo de guerra, estoura-balões, teatro de fantoches, sorteios, concursos de karaokê, de dança e de bambolê. As estruturas de acolhimento se repetirão nas festas populares e na folia momesca de 2020.