Com sete prisões por reconhecimento facial, SSP faz balanço positivo do Festival da Virada Salvador
Os dados referentes às ações de segurança pública durante a festa foram apresentados durante entrevista coletiva nesta terça-feira (2)
Sete pessoas com mandados expedidos pela Justiça foram capturadas com auxílio das câmeras do Sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança Pública (SSP), no Festival Virada Salvador, na Arena Daniela Mercury, na Boca do Rio. Os presos possuíam mandados pelos crimes de homicídio, extorsão, furto e dívida de pensão alimentícia. Foram efetuadas ainda cinco prisões em flagrante por roubo, furto, desacato e desobediência. Os dados foram apresentados durante entrevista coletiva, nesta terça-feira (2), no Centro de Operações de Inteligência (COI), em Salvador.
Durante os cinco dias de festa, a solução de contagem de público, testada de forma piloto pela pasta, registrou a presença de 715 mil pessoas na Arena Daniela Mercury. Neste período, não foi registrado crime grave contra a vida, como lesão corporal grave, homicídio e feminicídio. Para o subsecretário da SSP, Marcel Oliveira, as ações prévias possibilitaram o resultado. “O planejamento, a estrutura montada e todas as ações feitas previamente garantiram que tudo transcorresse de forma tranquila. A gente conseguiu entregar à sociedade uma festa ordeira, alegre e plural”, afirmou Oliveira.
De acordo com o Coronel Ricardo Passos, comandante do policiamento da região da capital Atlântico, área que cobre a Arena Daniela Mercury, o planejamento da PM para o Festival incluiu três áreas. “Fizemos a cobertura da parte externa do evento com policiamento de duas e quatro rodas nos bairros próximos; a área da praia, onde atuamos com o Esquadrão de Polícia Montada; e a arena propriamente dita, onde foram instalados três portais de abordagem, nos quais as pessoas eram revistadas antes de adentrar o espaço”, afirmou. “O resultado é bom para a Bahia, porque os turistas puderam ver que o Estado garante a segurança”, completou o coronel.
Nos Portais de Abordagem, os policiais apreenderam 217 objetos perfurocortantes e contundentes. As unidades de Polícia Judiciária registraram quatro lesões corporais, 260 furtos (sendo 220 celulares), 10 roubos, 13 desacatos, quatro vias de fato, quatro posses de entorpecentes e uma ameaça. Também foram contabilizados 17 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) por lesão corporal, desacato, vias de fato, consumo e posse de drogas e ameaça.
O trabalho da Polícia Civil focou principalmente na acessibilidade do cidadão aos serviços de segurança. Segundo o delegado Artur Guimarães, coordenador de operações da Polícia Civil, um destaque é a delegacia virtual, que permite o registro de ocorrências do conforto do lar, podendo ser juntadas fotografias, áudios e vídeos, que ajudam a qualificar a ocorrência. “Durante o Festival, alcançamos um tempo médio de 39 minutos entre o registro do boletim de ocorrência (BO), a análise policial e o retorno da ocorrência para o cidadão. O resultado do planejamento da Segurança Pública nos mostra números positivos. A tendência é aprimorar e buscar zerar as ocorrências. É um trabalho em construção”, ressaltou o delegado.
O Corpo de Bombeiros Militar realizou 79 atendimentos nos cinco dias do Festival. Para o bombeiro Romualdo Filho, coordenador de planejamento do 3º Batalhão, chegar ao final do evento com este número, considerando a quantidade de pessoas que passaram pela arena, é bastante positivo. “Tínhamos diversos militares focados no atendimento das pessoas e viaturas exclusivas para o atendimento das ocorrências, que normalmente surgem em festejos de grande aglomeração de público. Trabalhamos fazendo atendimento pré-hospitalar e encaminhamento médico”, explicou o coordenador.
Esquema Especial
A Secretaria da Segurança Pública montou um esquema especial com mais de três mil policiais e bombeiros. Além do emprego da solução de contagem de público pela Superintendência de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO), outra novidade empregada pela pasta foi o posto da Superintendência de Prevenção à Violência (Sprev) para acolhimento do público em situação de vulnerabilidade social.
O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) permaneceu ativado com integrantes da Superintendências de Telecomunicações (Stelecom), de Inteligência (SI), e de Gestão Integrada da Ação Policial (Siap), da Corregedoria-Geral, da SSP, Embasa, CCR Metrô, Coelba, Secretarias Municipais de Mobilidade (Semob), de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), de Ordem Pública (Semop), Transalvador e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
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