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Covid-19 pode afetar desempenho sexual masculino

A covid-19 é uma doença sistêmica potencialmente capaz de afetar diversos órgãos, tais como pulmão, fígado, rins, sistemas cardiovascular e neurológico, trato gastrointestinal e até a pele. Pesquisadores em todo o mundo não se cansam de investigar as implicações da infecção causada pelo vírus Sars-CoV-2 e alguns estudos alertam para uma possível sequela na saúde sexual masculina. Além de artigos que relacionam a disfunção erétil com a covid-19, essa associação também pode ser identificada na prática clínica dos urologistas, que têm recebido nos consultórios pacientes pós-covid com queixas relacionadas ao desempenho sexual. Baixa oxigenação sanguínea causada pelo desenvolvimento de fibroses pulmonares, desequilíbrio nos níveis de testosterona e estresse psicológico são alguns dos fatores que relacionam o novo coronavírus à impotência sexual masculina.

Os homens que já foram infectados pelo Sars-CoV-2 têm um risco três vezes maior de desenvolver disfunção erétil, de acordo com um estudo desenvolvido por especialistas italianos na Universidade de Roma que avaliaram homens com idade média de 33 anos. Entre os pacientes estudados, 28%  relataram baixo desempenho sexual comparativamente aos 9% dos que não tiveram covid-19 e apresentaram o mesmo problema. O relatório, publicado na revista Andrology, destacou que o novo coronavírus tem tendência a provocar inflamações no endotélio (revestimento dos vasos sanguíneos) e que, como as artérias que irrigam os órgãos genitais são pequenas e estreitas, qualquer inflamação pode interromper o fluxo sanguíneo, aumentando a probabilidade de impotência sexual. 

Relação multifatorial – De acordo com o urologista baiano Marcos Leal, integrante do Robótica Bahia  – Assistência Multidisciplinar em Cirurgia, um dos principais fatores que explicam a relação entre covid-19 e disfunção erétil é “a inter-inflamação causada pela tempestade de citocinas que levam ao desenvolvimento de microtromboses e coagulação intravascular disseminada. Além disso, o SARS-CoV-2 causa inflamação no endotélio, tecido responsável por regular a contração e o relaxamento dos vasos sanguíneos”, frisou. 

Essas alterações podem estar associadas ao desenvolvimento de disfunção erétil em pacientes que se recuperam da doença, sobretudo em adultos com idade mais avançada. “Além dos problemas vasculares que dificultam a ereção, existe a possibilidade de agravamento de hipogonadismo subclínico. Não podemos desconsiderar, ainda, o grande estresse psicológico sofrido por quem adquire a covid-19. Além de tudo isso, complicações na hemodinâmica pulmonar também podem influenciar no desempenho sexual”, frisou o doutor em urologia que atua como urologista no Hospital São Rafael/Rede D’or, Cínica AMO e Hospital Universitário da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde também é professor adjunto na Faculdade de Medicina. 

Há, ainda, a suspeita de que pacientes com disfunção erétil que contraem o novo coronavírus possam estar mais propensos a desenvolver pneumonia. Isso se deve ao fato de ambas as doenças frequentemente envolverem as mesmas comorbidades, como disfunção endotelial, problemas respiratórios e hormonais, inflamações, estresse, ansiedade e depressão. A disfunção erétil ocorre quando o fluxo de sangue ao pênis é restrito. As causas, tanto fisiológicas quanto psicológicas, podem ser complexas e variadas. Numerosos fatores que afetam os sistemas cardiovascular, nervoso e endócrino podem contribuir para a dificuldade de ereção.

Grupo de risco – Estudos preliminares apontam, ainda, que os homens que correm mais risco de ter complicações sérias decorrentes da covid-19 são aqueles mais propensos à disfunção erétil: mais velhos, diabéticos, com problemas cardiovasculares, acima do peso ou obesos e com diversas comorbidades. A incapacidade de iniciar ou manter uma ereção que caracteriza a disfunção erétil atinge cerca de 100 milhões de homens em todo o mundo. No Brasil, o problema afeta cerca de 50% da população masculina, com maior incidência naqueles que passaram dos 40 anos.

A maioria dos pacientes que têm relatado o problema ao urologista Marcos Leal encaixa-se neste perfil. “A melhor forma de prevenir as sequelas de longo prazo da covid-19 é não se contaminar com o vírus. Como a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, precisamos continuar  usando máscaras protetoras em locais públicos, manter pelo menos dois metros de distância interpessoal, lavar frequentemente as mãos,  evitar aglomerações e, principalmente, tomar a vacina assim que isso for possível”, recomendou o professor. 

Os homens que já foram infectados pelo Sars-CoV-2 têm um risco três vezes maior de desenvolver disfunção erétil, de acordo com um estudo desenvolvido por especialistas italianos na Universidade de Roma que avaliaram homens com idade média de 33 anos. Entre os pacientes estudados, 28%  relataram baixo desempenho sexual comparativamente aos 9% dos que não tiveram covid-19 e apresentaram o mesmo problema. O relatório, publicado na revista Andrology, destacou que o novo coronavírus tem tendência a provocar inflamações no endotélio (revestimento dos vasos sanguíneos) e que, como as artérias que irrigam os órgãos genitais são pequenas e estreitas, qualquer inflamação pode interromper o fluxo sanguíneo, aumentando a probabilidade de impotência sexual. 

Relação multifatorial – De acordo com o urologista baiano Marcos Leal, integrante do Robótica Bahia  – Assistência Multidisciplinar em Cirurgia, um dos principais fatores que explicam a relação entre covid-19 e disfunção erétil é “a inter-inflamação causada pela tempestade de citocinas que levam ao desenvolvimento de microtromboses e coagulação intravascular disseminada. Além disso, o SARS-CoV-2 causa inflamação no endotélio, tecido responsável por regular a contração e o relaxamento dos vasos sanguíneos”, frisou. 

Essas alterações podem estar associadas ao desenvolvimento de disfunção erétil em pacientes que se recuperam da doença, sobretudo em adultos com idade mais avançada. “Além dos problemas vasculares que dificultam a ereção, existe a possibilidade de agravamento de hipogonadismo subclínico. Não podemos desconsiderar, ainda, o grande estresse psicológico sofrido por quem adquire a covid-19. Além de tudo isso, complicações na hemodinâmica pulmonar também podem influenciar no desempenho sexual”, frisou o doutor em urologia que atua como urologista no Hospital São Rafael/Rede D’or, Cínica AMO e Hospital Universitário da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde também é professor adjunto na Faculdade de Medicina. 

Há, ainda, a suspeita de que pacientes com disfunção erétil que contraem o novo coronavírus possam estar mais propensos a desenvolver pneumonia. Isso se deve ao fato de ambas as doenças frequentemente envolverem as mesmas comorbidades, como disfunção endotelial, problemas respiratórios e hormonais, inflamações, estresse, ansiedade e depressão. A disfunção erétil ocorre quando o fluxo de sangue ao pênis é restrito. As causas, tanto fisiológicas quanto psicológicas, podem ser complexas e variadas. Numerosos fatores que afetam os sistemas cardiovascular, nervoso e endócrino podem contribuir para a dificuldade de ereção.

Grupo de risco – Estudos preliminares apontam, ainda, que os homens que correm mais risco de ter complicações sérias decorrentes da covid-19 são aqueles mais propensos à disfunção erétil: mais velhos, diabéticos, com problemas cardiovasculares, acima do peso ou obesos e com diversas comorbidades. A incapacidade de iniciar ou manter uma ereção que caracteriza a disfunção erétil atinge cerca de 100 milhões de homens em todo o mundo. No Brasil, o problema afeta cerca de 50% da população masculina, com maior incidência naqueles que passaram dos 40 anos.

A maioria dos pacientes que têm relatado o problema ao urologista Marcos Leal encaixa-se neste perfil. “A melhor forma de prevenir as sequelas de longo prazo da covid-19 é não se contaminar com o vírus. Como a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, precisamos continuar  usando máscaras protetoras em locais públicos, manter pelo menos dois metros de distância interpessoal, lavar frequentemente as mãos,  evitar aglomerações e, principalmente, tomar a vacina assim que isso for possível”, recomendou o professor. 

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