Desemprego recua a 7,9% no trimestre encerrado em julho, menor taxa para o período desde 2014
A taxa de desocupação atingiu 7,9% entre os meses de maio e julho, o que significa queda de 0,6 ponto percentual (p.p) na comparação com o trimestre anterior (de fevereiro a abril de 2023). É a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando marcou 7,0%.
Este é um indicador que mede a proporção de pessoas que estão procurando emprego (e não conseguem encontrar) em relação ao total de pessoas que estão trabalhando. Em comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação caiu 1,2 p.p. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (31/8) pelo IBGE.
“O recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu, principalmente, pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, Adriana Beringuy.
Neste mês, o Brasil alcançou um estoque total de 43,6 milhões de empregos formais — maior número já registrado na série histórica, levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020), segundo os números divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Na comparação trimestral da PNAD, o número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, chegando a 99,3 milhões, um aumento de 1,3% em relação ao período de fevereiro a abril, com 1,3 milhão de pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,7% (mais 669 mil pessoas), o menor dos últimos 9 trimestres consecutivos de alta.
O aumento da ocupação, ainda na comparação trimestral, foi puxado pelos grupamentos de “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” (+593 mil) e “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas” (+296 mil).
No grupo Administração, “o que puxou no trimestre foi o aumento em educação e saúde, tanto no setor público como no privado. Na comparação anual, a maior influência veio da área da saúde”, destaca Beringuy. Conforme a coordenadora, o grupo Informação foi influenciado pelo segmento de tecnologias da informação (no trimestre) e pelas atividades administrativas, profissionais e financeiras (no ano).
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.
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