Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa: Daniel Almeida destaca importância dos 14 anos da Lei
De autoria do deputado federal, a data figura como uma das mais importantes do calendário nacional de lutas sociais
Há 14 anos está em vigor no Brasil a Lei 11.635/2007, de autoria do deputado federal Daniel Almeida, que estabeleceu o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Desde então, a data 21 de janeiro entrou pro calendário de datas ligadas à lutas que estão no bojo das discussões sociais.
Almeida destaca a importância da lei para o Brasil. “Essa lei, a qual eu tive a honra de ser o autor do projeto, tem o objetivo de trazer luz para o tema, onde as vítimas principais são as pessoas ligadas às religiões de matrizes africanas, como o candomblé, umbanda e outras manifestações”, destaca o parlamentar. O dia 21 de janeiro foi escolhido em homenagem à Mãe Gilda, iyalorixá do candomblé que sofreu um ataque cardíaco e morreu no dia 21 de janeiro de 2000, após sua foto ser capa da matéria sobre “macumbeiros charlatões”, do jornal Folha Universal.
“Nesses 14 anos temos feito da data um momento de reflexão, debates e encontros ecumênicos que enfatizam a necessidade de nos respeitarmos uns aos outros. A liberdade religiosa consta na Constituição Brasileira, e precisa estar inserida nas organizações institucionais, sociais e na vida da nação como um todo”, destaca o parlamentar que comenta, em suas redes sociais, episódios de intolerância, como o caso dos turistas que ofenderam uma rezadeira em Salvador, no ano de 2021.
“Infelizmente, ainda segue sendo necessário o combate à intolerância, pois ainda presenciamos exemplos lamentáveis desse preconceito, que se estende para outras áreas, como a intolerância política e ideológica propagada pelo Presidente da República, na tentativa de usar o nome de Deus para estimular a agressão das pessoas”, critica o parlamentar. “É um momento de continuarmos apostando na harmonia, na convivência pacífica, no respeito a todas as manifestações religiosas, sobretudo na Bahia onde há uma predominância das religiões de matrizes africanas. Vamos às ruas, aos templos, aos terreiros e todos os espaços onde seja possível traçar um diálogo”, finaliza.