Empresariado de Camaçari e Movimento de Cadeirantes discutem ações de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho
Neste sábado (9), o empresário Heckel Pedreira, se reuniu com o Movimento de Pessoas com Deficiência Independente de Cadeirantes para tratar da inclusão no mercado de trabalho e articulação de projetos que envolvam os dois setores da sociedade.
Liderado por Fabiana Borges, Evanilson Souza e Tiago Silva, o Movimento, que nasceu nas redes sociais, busca a criação da primeira cooperativa social da Bahia para propor ao empresariado baiano melhor diálogo para a contratação de Pessoas com Deficiência (PCD) e a inserção das mesmas no mercado de trabalho. Segundo o Movimento, com a criação da cooperativa, projetos como a contratação por cooperativas sociais ajudaria as empresas a atingirem as cotas de PCDs.
Heckel Pedreira, que é empresário, ressaltou a necessidade deste diálogo e afirmou que irá lutar por articulações que colaborem para que as pautas dos dois setores sejam atendidas. “Essa reunião é o nascimento de uma articulação que pretende abrir portas. O empresariado tem muitas dificuldades em atingir a cota estipulada para PCDs, mas com a criação da cooperativa, essa contratação será facilitada, inclusive dando a primeira oportunidade. Vamos trabalhar pela inclusão, pelo crescimento da economia e para que mais vidas sejam transformadas”, disse Heckel.
Em 2002, o empresário fundou a Associação FeliCidade, que tem como objetivo o desenvolvimento de comunidades, principalmente da inserção de jovens no mercado de trabalho. Heckel afirmou que desde sempre buscou trabalhar pelo social, ressaltando que este é o objetivo da fundação da Cooperativa. “O trabalho com a Cooperativa é fazer com que o PCD não fique dependente de bolsa. Se ele tiver uma carreira profissional ele pode desenvolver habilidades e competências para ter mais frutos na sua vida profissional, sem necessitar do poder público. O que dá dignidade às pessoas é justamente isso”.
Pedreira ainda afirmou que este novo projeto fará com que o setor empresarial se beneficie também, visto que muitas empresas têm dificuldade de preencher a cota para PCD. “Pelo lado do empresariado, a intenção é fazer com que elas parem de receber multas por não alcançar a porcentagem obrigatória direcionada a pessoas com deficiência. Existe essa dificuldade. Vamos fundar essa cooperativa no dia 2 de janeiro com uma grande festa, celebrando o projeto e buscando dar ao PCD uma vida melhor, onde ele se sinta valorizado e tenha a escolha de crescer profissionalmente”, pontuou.
“O portador de deficiência é um super-herói. O cidadão com PCD, mesmo com dificuldade, ele vence e supera as suas limitações. Ele consegue empreender, consegue trabalhar e levar uma vida normal. São essas pessoas que queremos inserir no mercado de trabalho, pois eles têm muito a contribuir”, disse Heckel.
De acordo com Tiago Silva, existe o propósito que a cooperativa também contemple pessoas idosas, ex-toxicodependentes, ex-prisioneiros e aqueles que estão em situação de vulnerabilidade. “Vamos trabalhar para que essa parceria seja duradoura e que tenha como objetivo fazer valer a Lei Brasileira de Inclusão”, acrescentou.