FENASDETRAN elogia campanhas contra acidentes de trânsito em garrafas de bebidas alcoólicas
Assunto voltou a ser debatido recentemente com apresentação de projeto de lei na Câmara Federal.
O 8º Congresso Brasileiro de Trânsito e Vida, realizado no ano de 2013 em Salvador, propôs gerar ações para salvar vidas através dos órgãos públicos ligados ao trânsito. O presidente da Federação Nacional das Associações de Detran (FENASDETRAN), Mário Conceição, lembra que foi aprovado então um artigo no qual, “a exemplo do que ocorre nas campanhas contra o fumo em carteiras de cigarro, seriam feitas exposição nas garrafas de bebidas alcoólicas com fotos retratando acidentes de trânsito provocados pela ingestão das mesmas”. E agora, frisa ele, por meio do Projeto de Lei 5350/2020 do deputado federal Márcio Marinho (Republicanos/BA), é proposta a obrigatoriedade de inclusão da advertência “Se beber, não dirija” nos rótulos das embalagens de bebidas alcoólicas, além de imagens que ilustrem o sentido da mensagem.
O dirigente da Federação chama a atenção para que passados oito anos desde a realização do 8º Congresso Brasileiro de Trânsito e Vida, a discussão daquele momento já era válida e continua atual. Acrescenta que pesquisa promovida pelo Ministério da Saúde nas capitais do País mostrou que 6,7% da população adulta admitiu dirigir veículos após consumir álcool. Salienta ainda que mesmo com a proibição de direção sob influência de álcool e que constitui infração gravíssima (Artigo 165 do Código de Trânsito), muitos condutores insistem em dirigir.
Segundo o deputado Márcio Marinho, seu projeto de lei objetiva restringir os altos índices da violência do trânsito e inibir o consumo de bebidas alcoólicas quando a pessoa for dirigir. O parlamentar diz que a inclusão de imagens nos rótulos das embalagens permite uma comunicação mais direta com os consumidores sobre os riscos da direção de veículos após consumir álcool. Mário Conceição, por sua vez, diz que a proposta reforça a luta da FENASDETRAN em prol do respeito no trânsito e defesa de vidas e aguarda agora a aprovação do projeto de lei.