Fonte de renda: venezuelanas participam de oficina de salgados no CRAI de Lauro de Freitas
A manhã desta quinta-feira (15) foi marcada por muito aprendizado para os venezuelanas acompanhados pelo Centro de Referência e Apoio aos Imigrantes (CRAI). A oficina de salgados, promovida pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania (SEMDESC), contou com a participação de 25 venezuelanas, que estão em busca de uma fonte de renda e independência financeira. Durante a atividade, foram ensinados os procedimentos de higiene para evitar a contaminação alimentar e todos os passos para produção e montagem dos salgados.
A coordenadora do CRAI, Gicelia Queiroz, explica que o tema desta oficina foi uma sugestão dos próprios imigrantes, que estão em situação de vulnerabilidade e querem melhorar a qualidade de vida. “Essas oficinas são fundamentais para ajudar as famílias. Muitos não têm condição de comprar pão, nem dinheiro para o transporte. A gente pensou nessas atividades de uma forma estratégica, para que eles consigam se manter, enquanto a gente ajuda eles a resolverem outras questões. A ideia é ter esses cursos de forma regular, sempre ouvindo as necessidades e ampliando o conhecimento dos imigrantes”, disse.
No início da atividade, foi transmitido um vídeo educativo, demonstrando a importância da qualidade dos produtos, higienização e armazenamento. Na parte prática, as alunas conheceram todos os passos para a produção de coxinha, risole e bolinho de carne. A venezuelana Vilmares Delcalmen, 36 anos, mora em Lauro de Freitas há 2 anos e estava muito feliz com a oportunidade de aprender. “Estou sem trabalhar há algum tempo e preciso muito de uma renda. Lá no meu país tem salgados diferentes. A coxinha, por exemplo, eu só conheci aqui no Brasil. Gostei bastante. Então se eu aprender a fazer para vender, vai ser maravilhoso!”, comentou.
Sobre o CRAI
O Centro de Referência e Apoio aos Imigrantes (CRAI) foi inaugurado pela Prefeitura de Lauro de Freitas, em maio deste ano (2022). Atualmente, atende mais de 200 venezuelanos refugiados no município, prestando atendimento social, jurídico e psicológico. O CRAI, além de acolher e ajudar os refugiados, busca fortalecer os vínculos familiares e comunitários.