Ireuda repudia ataques machistas de Geddel contra militante política
A vereadora de Salvador Ireuda Silva (Republicanos) repudiou os diversos ataques machistas, com motivação política, que mulheres têm sofrido em todo o Brasil nos últimos meses. Nesta semana, por exemplo, a ex-vice-presidente do PT na Bahia Célia Regina Arouca acusou o ex-ministro Geddel Vieira Lima de frases sexistas e de cunho sexual, em mensagens privadas trocadas com ela.
“Ataques machistas dirigidos a uma mulher agridem todas as outras, porque a principal motivação do agressor é o gênero da vítima. Uma mulher reflete a outra, reflete mãe, esposa, irmã, avó… Esses homens agridem até a própria mãe, sem piedade e sem o menor peso na consciência”, disse Ireuda.
Segundo a republicana, a perpetuação de casos desse tipo ocorre devido à certeza da impunidade. “O machismo é covarde, porque os agressores tentam fazer os atos mais hediondos nas sombras. Acham que ninguém vai saber e, assim, evitam a punição e o peso da opinião pública. Felizmente, nós, mulheres, temos coragem para denunciá-los e colocá-los no devido lugar”, avaliou.
Ainda de acordo com a vereadora, uma das características desse tipo de ataque machista é tentativa de anular a capacidade intelectual da mulher e constrangê-la sexualmente. “O machista tem por hábito menosprezar a capacidade intelectual da mulher e constrangê-la sexualmente, remetendo a um período da história em que o papel social da mulher era quase de um objeto, uma propriedade. Falta conhecimento sobre as mulheres, falta respeito”, pontuou.
Ireuda também cobrou posicionamento de outras parlamentares: “Onde estão as militantes, que sempre levantaram a bandeira? Será que uma sigla partidária custa a humilhação a uma mulher?”
Segundo ela, é preciso que haja justiça em casos como esse. “A impunidade não deveria ser uma opção. Como pode um homem destruir uma mulher verbalmente e sair como se nada tivesse acontecido?”, questionou.
A republicana lembrou a lei aprovada neste ano que pune violência política. Segundo a matéria, violência política é “toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar, ou restringir os direitos políticos das mulheres”. “E um dos direitos políticos mais básicos é a voz. Tentar calar uma mulher em sua atuação política, principalmente valendo-se de ofensas, é um atentado aos nossos direitos e aos valores democráticos”, acrescentou.