Ireuda Silva alerta para saúde mental das mulheres na pandemia: “São as mais afetadas”
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos) chamou a atenção para a saúde mental das mulheres após um ano de pandemia do novo coronavírus. Segundo a republicana, pesquisas mostram que a sobrecarga sobre elas tem sido maior do que sobre os homens.
“Como se não bastasse o desemprego, que atinge mais as mulheres, ainda tem as atribuições do lar, criação dos filhos e, em muitos casos, situações constantes de violência psicológica e física dentro de casa. Essa situação poderá nos conduzir a um futuro difícil, para não dizer trágico. É dever de todos cuidar da saúde mental das nossas mulheres, que desde o nascimento já é obrigada a suportar uma série de pressões sociais”, pontuou Ireuda.
De acordo com o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, publicado na revista “Plos One” em fevereiro, a crise afetou emocionalmente mais as mulheres: 40,5% das entrevistadas relataram sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse.
Recentemente, Ireuda protocolou, na Câmara Municipal de Salvador (CMS), uma indicação ao governador Rui Costa sugerindo que as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM) passem a oferecer atendimento psicológico às vítimas de violência doméstica. Segundo a republicana, casos de agressão pode provocar danos irreversíveis à mente das mulheres.
De acordo com o projeto, “as mulheres vítimas de violência chegam fragilizadas” à Deam “e acabam por sua vez não recebendo o acolhimento e encaminhamento necessário para que seu sofrimento psíquico seja reduzido”. “Considerando que o atendimento psicológico às mulheres vítimas de violência auxiliará está mulher à entender a situação de violência em que se encontra e com a ajuda do profissional psicólogo, irá desenvolver recursos emocionais para que não seja mais revitimizada, buscando soluções tanto psicológicas quanto legais, para sair do ciclo de violência”, diz o texto.