Kátia Oliveira repudia feminicídio em Salvador: “Crime bárbaro, com tons de covardia”
A deputada estadual Kátia Oliveira (MDB) repudiou nesta sexta-feira (11) mais um caso bárbaro de feminicídio, desta vez em Salvador, onde um homem matou uma ex-namorada na garagem de um edifício na Pituba. Identificada como Tatiana Fonseca, estilista de 39 anos, ela teria sido baleada por João Miguel Pereira Martins, conhecido como DJ Frajola, de 40 anos, que se suicidou após o crime.
“As informações dão conta de que ela já vinha sofrendo ameaças há algum tempo, o que motivou ela a se mudar. Um crime como esse, bárbaro, com tons de covardia, é de entristecer a todas nós. Mostra que o feminicídio, infelizmente, continua presente na nossa sociedade e que nós precisamos, todos e todas, estar atentos e lutar para combater este mal. É uma questão de salvar vidas, de proteger as mulheres”, afirmou.
Dados do Monitor da Violência, do G1, apontam que houve aumento no número de casos de feminicídios no primeiro semestre de 2020 na Bahia. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 18,75% – saiu de 48 casos para 57.
Para Kátia Oliveira, estes números evidenciam que o alerta para a violência contra a mulher continua ligado no estado. “Precisamos intensificar as ações de proteção às mulheres. Eu defendo a ampliação das delegacias especiais de Atendimento à Mulher (Deams) e da Ronda Maria da Penha, de forma que essa rede de proteção chegue a mais mulheres”, ressaltou.
Na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), a deputada apresentou projetos visando ampliar as medidas de proteção às mulheres. Entre os projetos dela estão as indicações de uma delegacia da mulher e da Casa Abrigo em Simões Filho, e da instalação de base operacional fixa da Ronda Maria da Penha em Camaçari.
Ela também apresentou uma indicação para criar a Campanha Estadual Maria da Penha nas escolas da rede pública estadual e nas instituições privadas de ensino. A proposta visa promover a conscientização sobre a Lei Maria da Penha, contribuindo para o combate à violência contra a mulher. “A campanha deve fazer parte do calendário oficial de atividades do estado. É necessário aprofundar esse debate nas escolas públicas e privadas, pois muitos alunos vivem situações de violência em suas residências”, frisou.