Lagoas de Praia do Flamengo clamam por revitalização
ACEB e SEMA discutem ações de preservação das águas doces da região
As lagoas de Praia do Flamengo, em Salvador, precisam de atenção especial no que diz respeito à preservação ambiental. Esta foi a tônica do encontro realizado na tarde da última terça-feira (02) entre a coordenadora de empreendedorismo e ação social da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB) e o Superintendente de Planejamento e Políticas Ambientais da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMA), Anne Cristina Ramos e Claudemir Nonato, respectivamente. Às margens da lagoa que corta as Ruas Hamilton Drummond Frank e Osmar Macedo, eles visualizaram diversas embalagens de vidro, plástico e outros resíduos sólidos poluentes. Por outro lado, os visitantes também vislumbraram as belezas naturais do local, inclusive alguns pássaros ameaçados de extinção. A visita estimulou um debate sobre possíveis planos de ação para proteger não só aquele corpo d’água, mas também as demais “lagoas do flamengo”, como são conhecidas, além do próprio Rio Sapato, que nasce na região e banha tanto a capital baiana quanto o município de Lauro de Freitas.
Enquanto visitavam a horta comunitária próximo à lagoa, Anne Cristina e Claudemir conversaram sobre a necessidade de uma avaliação da qualidade da água pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Além disso, discutiram algumas possibilidades de ação efetiva para preservação daqueles ecossistemas. “Em parceria com a SEMA, a ACEB pretende desenvolver um projeto relacionado à conservação das lagoas de Stella. Vamos dar o primeiro passo nesse sentido solicitando o apoio do Inema, Casa Civil e Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Entendemos que a preservação ambiental é dever de todos nós e não podemos nos omitir diante de um pedido de socorro da mãe natureza”, declarou a coordenadora da ACEB.
Nascendo na Lagoa da Vitória, situada no Parque das Dunas, o Rio Sapato corre paralelamente à costa rumo a Lauro de Freitas até desembocar na foz do Rio Joanes, compondo tanto a bacia desse rio principal quanto a do Rio Ipitanga. Com 7km de extensão, o Rio Sapato foi transformado, na década de 80, em um espelho d’água cercado de equipamentos de lazer, como pedalinhos para entretenimento dos moradores. Entretanto, atualmente, muitos dos habitantes do seu entorno lançam dejetos residenciais e comerciais no rio. “A revitalização de rios e bacias hidrográficas do nosso estado tem sido uma das prioridades da atual gestão da SEMA e, portanto, tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir a preservação das nossas águas será feito”, afirmou Claudemir Nonato.