Lauro de Freitas reforça ações na orla para preservação das tartarugas marinhas
A situação das tartarugas marinhas no litoral de Lauro de Freitas foi tema de reunião virtual entre representantes da gestão municipal e pesquisadores da Fundação Projeto Tamar, na manhã desta quinta-feira (26).
A iluminação artificial é considerada uma das principais ameaças e fonte de desorientação de filhotes de tartarugas marinhas, sendo proibida conforme a Lei Estadual nº 7.034 de 13 de fevereiro de 1997 e Portaria do Ibama nº 193, de 28 de setembro de 1990. A claridade assusta a fêmea e pode resultar em abandono do ninho. A orientação é manter o local escuro e evitar aproximação de pessoas ao redor do local.
Para ajudar na conservação destes animais, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SESP) fará ações educativas com moradores e barraqueiros, além de revisão dos postes de iluminação na orla, no trecho que compreende o bairro de Vilas do Atlântico, local que abriga maior parte da desova das tartarugas no município. Para nortear o trabalho da pasta, a Fundação mapeou os pontos críticos e indicou as modificações a serem realizadas para preservar as tartarugas marinhas.
Nathalia Berchieri, bióloga pesquisadora do Projeto Tamar, explicou que as ações são imprescindíveis, principalmente porque de setembro a março as fêmeas visitam a costa para desovar. “O litoral norte da Bahia é uma importante área de desova de quatro das cinco espécies que existem no Brasil, todas ameaçadas de extinção”, destacou.
Outras formas de atuação serão debatidas em 1º de outubro, durante reunião ordinária, onde, mais uma vez, a preservação das tartarugas marinhas em Lauro de Freitas será debatida.
O encontro contou com a participação do subsecretário da Sesp, Antônio Abreu, Edésio Pitanga, coordenador de limpeza urbana; Manuela Leal, da assessoria administrativa; além de Ricardo Vieira e Lorena Paim, representantes da Segov.