Mais de 400 entidades assinam pedido de impeachment de Bolsonaro
O deputado Waldenor Pereira (PT-BA) é um dos signatários do pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, protocolado hoje (21) na Câmara Federal, por crimes de responsabilidade e atentado contra a saúde pública do país em meio à pandemia do novo coronavírus. Ele assina o documento que está sendo considerado “o maior pedido de impeachment” contra um presidente, feito por sete partidos (PT, PCdoB, PSol, PCB, PCO, PSTU e UP) e representantes de várias entidades da sociedade civil.
Para Waldenor, a decisão de entrar com o pedido foi inevitável diante das crises política, institucional e econômica geradas pelo despreparo do presidente, agravando seriamente no país as consequências da pandemia do coronavírus. “O Brasil não é terra sem lei. E nós, democratas, não vamos permitir atentados à Constituição. Bolsonaro ataca as instituições democráticas do país e mostra a sua cara fascista, sem máscara ou escrúpulos, quando participa de ato pelo fechamento do STF e Congresso Nacional; atenta contra a vida das pessoas quando vai de encontro às recomendações da comunidade científica e da Organização Mundial de Saúde (OMS) e ainda tenta manipular a Polícia Federal para livrar a família de investigações”, acusou o deputado ao falar sobre o documento.
Com este robusto documento protocolado hoje, a Câmara dos Deputados acumula 32 pedidos de impeachment, além de sete CPIs para investigar o atual presidente da República. O deputado Waldenor Pereira ressalta o peso do pedido que assina junto com a sociedade nacional, representada por mais de 400 organizações da sociedade civil, juristas, intelectuais e artistas, além de sete partidos. É o primeiro pedido de impeachment no qual partidos se juntam — outros foram entregues, mas por iniciativas individuais de parlamentares — para exigir a saída de Bolsonaro.