MST se reúne com Wagner para debater alimentação saudável na Bahia
Conjunturas política nacional e estadual, necessidade de ampliar os investimentos na produção agroecológica na Bahia e no país e defesa da reforma agrária popular. Essas foram algumas das pautas debatidas entre os dirigentes nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Lucinéia Durães (Liu) e Evanildo Costa, durante reunião com o senador e presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Jaques Wagner (PT-BA) e o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA).
“A agroecologia produz alimentos que, além de muito saudáveis, não agridem o meio ambiente. É por isso que nós do MST fizemos da agroecologia uma cartilha dentro dos assentamentos e acampamentos”, pontua Lucineia Durães. Liu ainda lembra que o MST assumiu o compromisso de plantar 100 milhões de árvores em 10 anos e que, aqui na Bahia, a campanha segue a todo o vapor.
Para Evanildo Costa, em tempos de pandemia, a necessidade de produção de alimentos fica ainda mais evidente. “Temos hoje uma população que vive em insegurança alimentar, temos ministro do Meio Ambiente tirando foto na frente de madeira desmatada, ou seja, um cenário caótico do ponto de vista do meio ambiente e da alimentação saudável, justamente quando estamos atravessando uma crise sanitária cruel, agravada pela forma deplorável com que o governo federal tratou e trata a doença”.
Os líderes relataram que durante a pandemia, o MST já doou mais de 4 mil toneladas de alimentos saudáveis para pessoas em situação de vulnerabilidade social. O senador Jaques Wagner afirma que a pauta da alimentação saudável e do meio ambiente caminham lado a lado e são fundamentais na agenda política deste século.
“Produzir mais alimentos de melhor qualidade sem agredir a natureza, parece óbvio que é o melhor caminho. No entanto, ainda precisamos dar passos concretos nessa direção. O cenário com o governo que aí está aponta para o lado oposto”, descreve Wagner. Em abril, o MST ampliou a distribuição de alimentos como parte das ações do chamado ‘Abril Vermelho’, que marcam as homenagens aos sem-terras assassinados na chacina de Eldorado dos Carajás, no Pará, na década de 90.
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