Motoristas criticam qualidade da obra de recuperação da BR-324 entre Capim Grosso e Umburanas
Nos últimos dias, várias pessoas têm procurado a imprensa para denunciar a qualidade da obra de recuperação asfáltica da BR-324, no trecho entre os municípios de Umburanas e Capim Grosso, passando por Jacobina, a principal cidade da região.
A obra está sendo executada pela empresa CBV Construtora, sob a fiscalização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão federal responsável pelo mapa gerencial de manutenção rodoviária no país.
Uma das principais reclamações dos motoristas que trafegam por esse trecho da BR-324, na área onde estão sendo executadas as obras de recuperação, é que em alguns pontos da rodovia “não existe diferença entre a pista antiga e o trecho recuperado”.
“Veja só esse trecho ali próximo à Faculdade AGES, não tem nenhuma diferença entre a parte velha e a área supostamente recuperada. Então, não sei onde essa recuperação está sendo feita, só tem uma pintura, e como as faixas já estão sendo abertas, significa dizer que não vão mexer mais, vão deixar como está”, denuncia o empresário Júlia Cesar Vilas-Boas, que costuma percorrer o trecho de bicicleta.
Em vários outros trechos, inclusive em locais que foram “recuperados” recentemente, já possível é ver buracos aparecendo, evidenciando a má qualidade da obra.
“Frequentemente passou por essa rodovia e tenho percebido que está faltando uma fiscalização mais efetiva da obra. A manutenção é fundamental, inclusive tenho elogiado o trabalho do presidente Bolsonaro nas rodovias federais, mas, se não houver fiscalização, é jogar dinheiro fora”, afirma o caminhoneiro José Roberto Schmitz.
“Onde estão os prefeitos e vereadores dessas cidades cortadas pela BR-324 que não fiscalizam a obra, que não denunciam aos órgãos responsáveis? Será que vamos ter que fechar a estrada para chamar a atenção das nossas autoridades”, declara o motorista Mauro Oliveira, que reside no distrito de Lages do Batata, no município de Jacobina.
A reportagem do Notícia Livre apurou que há um Contrato de Restauração e Manutenção (CREMA), que prever serviços de frenagem, recomposição de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) e incorporação de microrevestimento nesse trecho da BR-324, e possui data de término prevista para 23/04/2024.