Na saída dos Filhos de Gandhy, Valmir pede respeito às mulheres e às minorias no país
O ‘tapete branco’ do bloco afoxé Filhos de Gandhy desfilou neste domingo (23) de carnaval em Salvador e abriu debates para protestos na folia. A presença do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), por exemplo, na saída do bloco, no Pelourinho, foi marcada por críticas ao governo Bolsonaro e por defesa às minorias e às mulheres. O parlamentar, ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), disse que a sociedade brasileira precisa dar um basta no racismo, no preconceito e na violência contra a mulher, que segue aumentando no país.
Valmir aponta para o aumento dos dados sobre feminicídio no Brasil, que chegaram em 2019 a 1.310 mulheres assassinadas vítimas de violência doméstica. “Foi um crescimento de 7,2% no país após a instalação desse governo desastroso de Bolsonaro. Suas atitudes refletem neste crescimento. No carnaval de Salvador, o governo do estado tem criado meios de coibir a violência contra a mulher. Os dados nacionais são alarmantes. Temos de criar todos os métodos para conter esse crescimento e punir os agressores”, aponta o deputado petista destrinchando dados de pesquisa publicada recentemente pelo jornal Folha de S. Paulo. O jornal paulista ainda lembra o número de casos em 2018, que também foi alto: 1.222 mortes.
“Isso quer dizer que de três a quatro mulheres são mortas a cada dia no país, não podemos olhar para esses dados e fazer piadas, como Bolsonaro faz com temas importantes, temos de tomar uma atitude para não nos tornarmos cúmplices desses assassinatos”, critica Assunção ao lado da secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis. O petista informa que a ‘Casa Respeita as Mina Verão’, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), atende mulheres em situação de vulnerabilidade nesta folia de momo na capital baiana. O equipamento fica na Rua das Laranjeiras, 31, no Terreiro de Jesus, no Centro Histórico.