Não há democracia sem uma imprensa livre e forte
Por: Lício Ferreira
Nesta segunda-feira 17, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) está completando 90 anos de fundação. Durante entrevista exclusiva, em seu gabinete, o presidente Walter Pinheiro disse que o objetivo principal da instituição, é a defesa da liberdade de imprensa “dentro da compreensão de que não há democracia sem uma imprensa livre e forte”. Acrescentou que a instituição surgiu “em defesa da maior das liberdades que nós temos, ou seja, a liberdade de expressão do pensamento; a liberdade de comunicação; a liberdade de imprensa. Esse, inclusive, é o primeiro item, que consta do nosso Estatuto”.
Revelou, ainda, que durante a ditadura militar – foram os piores anos da ABI -, que a imprensa baiana sofreu muito com a questão da censura, da tortura, e, também, a perda de uma série de direitos, sofrendo represálias e perseguições. “Nesses tempos modernos, o ‘garroteamento’ das empresas é o que mais nos preocupa”. Ainda segundo Walter Pinheiro há uma ‘judicialização de ações’, especialmente ‘por danos morais’ as que mais cresceram contra os profissionais ou veículos. Assim como cresceu a negação da publicidade. Esquecem os governantes, que eles estão desrespeitando o eleitor que os colocou no cargo”. O presidente da ABI, que está deixando o cargo agora em setembro, deixou claro qual é o papel da imprensa: “Ela existe para noticiar. Para denunciar. Para comentar e criticar. Tudo, no sentido de favorecer à comunidade. E assim como deve ter independência, deve também ter a responsabilidade nas suas publicações”.
Foto: Romildo de Jesus / Tribuna da Bahia
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