No mês da dança, residentes do Vila Sul realizam oficinas na Escola de Dança da UFBA
Três artistas conectados com o campo da dança estão no Goethe-Institut Salvador-Bahia para pensar e desdobrar novas experiências criativas no Programa Internacional de Residência Artística Vila Sul. O primeiro grupo de 2023 é formado por Lisa C Soto (EUA/Gana), Olivia Hyunsin Kim (Alemanha/Coreia do Sul) e Raphael Moussa Hillebrand (Alemanha). Todos possuem o corpo e as expressões artísticas dos movimentos como tópicos de interesse no desenvolvimento dos seus trabalhos.
No dia 28 de abril (sexta-feira), oficinas gratuitas e encabeçadas por residentes do Programa Vila Sul acontecerão na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Raphael Moussa Hillebrand promoverá o workshop “A cultura da dança negra de uma perspectiva afro-europeia”, que será realizado das 14h às 16h, com 35 vagas. Já Olivia Hyunsin Kim ministrará o encontro “Flowing Choreography”, com 12 vagas e realização prevista das 14h às 16h30.
As inscrições para ambas as oficinas são abertas ao público geral e poderão ser feitas através do link www.goethe.de/bahia_links, até o dia 21 de abril. As atividades são uma colaboração entre o Programa Vila Sul e a Escola de Dança da UFBA.
EXPRESSÕES NEGRAS – Na oficina “A cultura da dança negra de uma perspectiva afro-europeia”, Raphael Hillebrand mergulhará no mundo da dança negro com base no documentário “Everything remains raw” (“Tudo permanece cru”, em tradução livre). Coreógrafo, bailarino, curador e ativista, ele nasceu em Hong Kong, mas está radicado na Alemanha e na África Ocidental.
Ele explica que começará com uma parte teórica para mapear os termos mais importantes do encontro como “negro”, “urbano” e “hip hop”. “Na parte técnica, experimentaremos popping e breakin’. Já na parte de aplicação, a ideia é explorar e combinar os diferentes formatos de improvisação, do Cypher ao Soultrainline”, completa.
Raphael Moussa Hillebrand foi criado em Berlim e treinado através do Hip Hop. Ele concluiu seu mestrado em coreografia na Universidade das Artes – HZT Berlim e é membro fundador do primeiro Partido Hip-Hop: Die Urbane, comprometido com a descolonização, a capacitação e a diversidade cultural. No ano de 2020, foi homenageado pelo Prêmio Alemão de Dança por seu notável desenvolvimento artístico na dança.
EXPERIMENTAÇÕES – Na oficina “Flowing Choreography”, Olivia Hyunsin Kim pretende analisar diferentes métodos coreográficos que usa nas suas criações. A coreógrafa e curadora diz que a curiosidade é o coração do seu trabalho e frequentemente está em contato com as técnicas de desafiar comportamentos e mudar as percepções.
“Baseado nestes princípios, a partir de aquecimento e exercícios de movimento individuais e em grupo, eu convido os participantes para se envolverem e criar nosso espaço no qual a coreografia flui”, detalha.
Olivia Kim ganhou o primeiro lugar do Prêmio Amadeu Antonio de Arte 2019 e completou o mestrado em Coreografia e Performance no Instituto para ATW Gießen com distinção. Na temporada 2022/23, ela é compositora em residência no Staatsoper Hannover, onde assina a curadoria e criação de obras artísticas. Seu trabalho foi exibido na Sophiensælen Berlin, Tanzhaus nrw Düsseldorf, Schwankhalle Bremen, Rote Fabrik Zurich, Art Sonje Center Seoul e Museo Universitario del Chopo Cidade do México.
Oficinas de dança com residentes do Programa Vila Sul
Inscrições gratuitas até 21 de abril no link www.goethe.de/bahia_links
Onde: Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia
“A cultura da dança negra de uma perspectiva afro-europeia”
Raphael Moussa Hillebrand (Alemanha)
Quando: 28 de abril, das 14h às 16h
“Flowing Choreography”
Olivia Hyunsin Kim (Alemanha/Coreia do Sul)
Quando: 28 de abril, das 14h às 16h30
Crédito: Frank Joung.