Salvador

‘O racismo estrutural no sistema de saúde causa tragédias’, diz Ireuda Silva sobre mulheres negras

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), expressou profunda preocupação com os dados alarmantes sobre a mortalidade materna entre mulheres negras no Brasil. Segundo informações dos Ministérios da Saúde e da Igualdade Racial, a taxa de mortes maternas entre mulheres negras é mais que o dobro daquelas entre mulheres brancas. Esse dado expõe uma grave desigualdade racial no sistema de saúde brasileiro que, segundo a vereadora, precisa ser abordada com urgência.

Um dos dados mais preocupantes revelados é o aumento de 5% na mortalidade materna por hipertensão entre mulheres pretas no período de 2010 a 2020. Ireuda Silva destacou que essa estatística não é apenas um número, mas uma realidade que afeta milhares de famílias e comunidades, evidenciando a necessidade de políticas públicas eficazes para combater essa disparidade.

“Esses números são inaceitáveis e mostram a dura realidade enfrentada pelas mulheres negras no Brasil. A hipertensão é uma condição que pode ser controlada com o acompanhamento médico adequado, mas a falta de acesso a cuidados de qualidade e o racismo estrutural no sistema de saúde contribuem para essa tragédia. Precisamos de ações concretas e imediatas para garantir que todas as mulheres, independentemente da cor de sua pele, tenham acesso ao atendimento necessário para uma gravidez segura e saudável”, afirmou a vereadora.

Ireuda Silva também ressaltou a importância de aumentar a conscientização sobre a saúde materna entre as mulheres negras e investir em programas de prevenção e tratamento eficazes. Ela enfatizou que a luta contra a mortalidade materna é uma questão de justiça social e igualdade racial.

“Não podemos fechar os olhos para a discriminação e a negligência que as mulheres negras enfrentam no sistema de saúde. É fundamental que o governo invista em políticas de saúde que priorizem essas mulheres, oferecendo suporte durante toda a gestação e no pós-parto. Só assim poderemos reduzir essas estatísticas alarmantes e garantir um futuro mais justo para todas as brasileiras”, concluiu.

Foto: Divulgação 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *