Prefeitura de Lauro de Freitas capacita profissionais de saúde no combate à dengue
Com o estado em alerta por causa da epidemia da dengue, a Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SESA), promoveu na manhã desta terça-feira (27), uma palestra voltada para os profissionais do Posto Avançado de Referência contra à Dengue, no Centro, visando o melhor atendimento, identificação dos sintomas, encaminhamento e acolhimento dos pacientes que procurarem a unidade de saúde com os sintomas.
A palestra foi ministrada pelo médico infectologista Antônio Bandeira. Durante o bate-papo, Bandeira falou sobre os sintomas condizentes à doença e fez alguns alertas no ato do atendimento. “Há anos o atendimento com pacientes com sintomas da dengue era verificado a partir das plaquetas. Hoje é uma das últimas coisas que identificamos, porque mudou muito. O vírus, ele contamina os vasos sanguíneos, que contaminados são produzidos mais vírus para dentro dos vasos. Então, as plaquetas sempre caem. É normal que caia. A dengue é uma doença de vazamento, que mata ou sai sem nenhuma sequela”, explicou.
Segundo o infectologista, é preciso observar a situação do paciente em relação aos sintomas. O profissional precisa estar atento ao realizar a triagem. “Alguns sintomas não aparecem, como a febre, por exemplo. E, diria, que é comum. Geralmente esse paciente apresenta dor de cabeça, dores nas costas. Identificando, o profissional precisa orientar que esse paciente tenha muita hidratação com líquidos variados. Percebeu um sintoma? É preciso tratar como se fosse dengue”, continuou.
Bandeira ressaltou para que o paciente seja tratado no ato do atendimento e alertou sobre os grupos dos sintomas, que são classificados como A, B, C e D, sendo os dois primeiros tratados com instrução e orientação de cuidado, enquanto os dois últimos precisam ter uma atenção especial. “Alerto sobre os grupos com suspeitas de dengue. A e B, orientar, tratar como gripe e hidratar aquele paciente, fazer o acompanhamento em 48h após o primeiro atendimento, enquanto os pacientes C e D precisam de uma atenção especial, pois muito possivelmente ele vai apresentar sinais críticos. É importante marcar sinais de alarmes como dor abdominal, sangramentos, aplicar hidratação vigorosa e venosa “, concluiu o profissional.
Enfermeira na unidade, Juliana Pacheco, classificou as instruções como essenciais para auxiliar os pacientes que buscarem atendimentos na unidade de saúde. “Foi uma excelente palestra, com linguagem prática e fácil de como lidar com o cidadão doente. Sempre que o paciente chega na unidade, ele vem com a dúvida devido aos sintomas, então a gente faz logo a avaliação física e clínica, e tendo sinais, realizamos os fluxos, o acolhimento, a coleta da sorologia, hemograma e vamos dando encaminhamento”, avaliou.
Texto – Neison Cerqueira
Foto – Lucas Lins