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Projeto Zé Conecta amplia a inclusão digital para alunos da Fundação José Carvalho

Objetivo é atrair empresas engajadas na causa da educação

 As disparidades existentes ao acesso à educação básica de qualidade se tornaram ainda mais latentes em decorrência da pandemia. Diante desse contexto, os esforços contínuos da Fundação José Carvalho para atualizar o seu sistema de ensino foram intensificados para que os seus alunos, principalmente os da zona rural, dispusessem de pelo menos um equipamento com acesso à internet. Nasceu assim o Projeto Zé Conecta, destinado a formar uma rede de parceiros que almeja levar tablets, computadores/notebooks e conexão à web aos estudantes e professores da instituição. A primeira etapa do Zé Conecta destina-se a atender aos 600 alunos da Fundação cujas famílias não possuem nenhum equipamento com acesso à internet e, em decorrência disso, recebem as suas tarefas escolares por meio de portfólios impressos.

O projeto foi recentemente lançado, em Pojuca (BA), na sede da Fundação José Carvalho, quando Mario Cavalieri e Pedro Camilo, representantes do Banco BTG Pactual, anunciaram a doação de 140 equipamentos e outras parcerias igualmente significativas. Assim também, o CEO do Banco XP, José Berenguer, ao lado das sócias da Ápice Investimentos, Poliana Viana, Helena Passos e Fernanda Azevedo, formalizaram a doação de mais 100 equipamentos e externaram boas possibilidades de mobilização de outros parceiros a esta causa.

Entrega de computadores e notebooks da BTG para a FJC (da esquerda para a direita): Augusto Almeida, Eronildes Filho, Weber Fogagnoli, Pedro Camillo, Mario Cavalieri, Bárbara Carvalho, Rosely Machado, Sérgio Dória e Emanuel Oliveira

A Fundação José Carvalho, que completa 46 anos em 2021 constituindo um dos investimentos sociais privados mais expressivos e longevos do País, comemora a superação de mais um desafio. “Se por um lado as dificuldades educacionais que já eram imensas na Região Nordeste tomaram uma dimensão ainda maior, por outro, vimos uma oportunidade de potencializar os usos das tecnologias e novas formas de ensino dentro da rede. Sem dúvida, após a pandemia, a educação jamais será a mesma”, afirma Rosely Machado, diretora educacional da Fundação.

Como desdobramento do projeto, o diretor administrativo e financeiro da Fundação, Emanuel Oliveira, reiterou aos futuros parceiros total transparência em todas as etapas do Zé Conecta, na medida em que prevê a alocação e a sistematização da prestação de contas dos recursos doados por meio da publicação de relatórios periódicos e pela constituição do Comitê de Parceiros visando o acompanhamento e o monitoramento. “Além da divulgação no site da Fundação, todos os parceiros poderão exibir selos específicos nos seus websites, balanços sociais, relatórios de sustentabilidade e outros. A própria condição da Fundação de sempre ter tido os seus balanços públicos e auditados por uma das Big Four já confere aos parceiros um reforço “natural” dessa credibilidade, diz Emanuel Oliveira.

BTG em visita às instalações da FJC (da esquerda para a direita): Mario Cavalieri, Bárbara Carvalho, Augusto Almeida, Rosely Machado, Emanuel Oliveira, Sérgio Dória, Pedro Camillo, Weber Fogagnoli e Eronildes Filho

Mario Cavalieri, diretor executivo do BTG Pactual, afirma que a principal motivação deste apoio foi a crença em poder gerar um futuro melhor através da educação, pilar no qual a instituição acredita e investe: “Estar ao lado da Fundação José Carvalho, que se destaca pela qualidade e dedicação a esta causa, é um privilégio e está totalmente alinhado com os nossos valores. Acreditamos que somar esforços com a Fundação irá contribuir com a expansão da educação de qualidade para a região”.

De acordo com ele, o principal propósito do BTG Pactual é o cultivo de relações duradouras, sempre olhando para o futuro de forma sustentável e com inconformismo às situações sociais que hoje geram incômodo. “O belo trabalho educacional realizado pela Fundação José Carvalho não poderia, sob hipótese nenhuma, sofrer interrupções por essa triste pandemia; e auxiliar no fornecimento de equipamentos, para que o Zé Conecta continue levando o conteúdo às crianças e adolescentes, está absolutamente alinhado com a nossa missão de propiciar aos brasileiros o acesso a uma melhor educação. Pretendemos ser um parceiro de longo prazo, uma fonte colaborativa em novas campanhas, futuros projetos e nas demais ações que façam a missão da Fundação José Carvalho se perpetuar”, conclui o diretor executivo do BTG Pactual.

Entrega de computadores da XP para a FJC (da esquerda para a direita): Augusto Almeida, Emanuel Oliveira, Davi Perez, Poliana Viana, Bárbara Carvalho, Helena Passos, José Berenguer, Rosely Machado, Fernanda Azevedo, Sérgio Dória e Weber Fogagnoli

Para Fernanda Azevedo, sócia da Ápice Investimentos, o fato da Fundação ser nordestina e mais precisamente baiana, região de forte atuação da empresa, e, onde a educação ainda é uma das principais deficiências a serem corrigidas, ter uma instituição séria acolhendo de forma tão especial essa questão é um motivo extremamente motivador para contribuir. “Na visita que fizemos, foi notório o cuidado da Fundação com a qualidade do ensino, com a continuidade do processo educativo desde o Ensino Fundamental até a conclusão do Ensino Médio, visando uma formação integral que vai além da educação acadêmica, atenta à alimentação, cultura, esporte, concepção humanística etc. Na Bahia, a Ápice Investimentos, por sua vez, já fez algumas ações assistencialistas, mas nunca de forma profunda, construindo juntos algo que pode trazer muitos benefícios para essa região. E assim, como dizia José Carvalho, além dos objetivos profissionais atingidos, nós devemos buscar como podemos retribuir o que nos foi dado”, comemora Fernanda Azevedo.

De acordo com José Berenguer, CEO do Banco XP, a contribuição com as doações para o projeto Zé Conecta da Fundação José Carvalho demonstra o engajamento da XP às causas ESG (sigla em inglês utilizada para medir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa), o qual tem grande importância para a disseminação e a manutenção do conhecimento para todas essas crianças no momento de pandemia. Segundo Berenguer, “o Banco XP quer mudar o mercado bancário não só no jeito de fazer negócio, mas causar impacto na sociedade, e é por isso que estamos apenas iniciando nossa parceria”.

A cerimônia que celebrou a consolidação do projeto contou com apresentação institucional, formalização da entrega dos computadores e visitas às instalações da sede da Fundação, tais como o templo, o entorno do lago Poseidon, as obras do novo Colégio Técnico e do Memorial José Carvalho. Segundo Berenguer, “a cultura, essência, motivação e o impacto proporcionado foram únicos. Uma história incrível e que deve ser conhecida”.

Representando a Fundação José Carvalho, participaram Sérgio Dória (vice-presidente), Bárbara Carvalho (chanceler), Eronildes Filho (conselheiro), Davi Perez (conselheiro) Rosely Machado (diretora educacional), Emanuel Oliveira (diretor administrativo-financeiro), Augusto Almeida (gerente de gestão integrada) e Weber Fogagnoli (gerente administrativo-financeiro).

XP/Ápice Investimentos em visita às instalações da FJC (da esquerda para a direita): Sérgio Dória, Poliana Viana, Emanuel Oliveira, Helena Passos, Weber Fogagnoli, Fernanda Azevedo, Rosely Machado, Bárbara Carvalho, José Berenguer, Augusto Almeida e Davi Perez

 Fundação José Carvalho

 A Fundação José Carvalho foi criada em 1975 no município de Pojuca, Bahia, pelo empresário e engenheiro José Corgosinho de Carvalho Filho (1931-2015), após seu sucesso no mundo empresarial com a Companhia de Ferro Ligas da Bahia (FERBASA) na área de mineração, metalurgia e reflorestamento, cujo êxito ele atribuía principalmente à oportunidade de seu acesso à educação de primeiríssima qualidade e inteiramente gratuita, quer por meio de bolsas de estudo ou pelo ingresso em escolas e universidades públicas.

 Esse nobre sentimento de gratidão o levou, aos 44 anos, ainda um jovem empresário, a dar início às atividades da Fundação, obra por ele transformada no objetivo magno de sua trajetória e para a qual destinou grande parte do seu patrimônio em benefício dos estudantes economicamente menos favorecidos do Nordeste, região que, infelizmente, entre tantas outras mazelas, tem amargado uma das mais tristes realidades educacionais e cujos danos comprometem drasticamente o seu desenvolvimento socioeconômico.

Hoje, a instituição mantém aproximadamente 3,5 mil alunos matriculados desde o Ensino Fundamental até o último ano do Ensino Médio, distribuídos nas suas seis escolas próprias nos municípios de Pojuca (três), Andorinha, Catu e Entre Rios, bem como nos seus programas socioeducativos voltados às áreas de esporte e música. Todos os alunos são mantidos com recursos integrais da Fundação, que aportou R$ 36 milhões, somente em 2020, na manutenção dos seus projetos, tendo investido mais de R$ 250 milhões nos últimos 10 anos na área educacional. Ao longo dessas quase cinco décadas de existência, a Fundação formou milhares de alunos, os quais puderam ter suas vidas modificadas por meio da educação de qualidade, investimento considerado pelo instituidor como o único caminho factível para o progresso do Brasil.

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