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Robinson rebate Bruno Reis sobre contrato milionário com familiar de ACM Neto: “não sei se é legal, mas é imoral”

Deputado também considerou declaração do prefeito sobre morte na UPA do Pau Miúdo por falta de oxigênio “desrespeito com família da vítima”

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) rebateu a justificativa do prefeito Bruno Reis (UB), dada nesta quinta-feira (13), para a contratação da Agência Bença Comunicação e Marketing LTDA, pela prefeitura de Salvador, no valor de R$ 30,9 milhões. A empresa tem em seu quadro societário Flávio Maron, primo do vice-presidente do União Brasil e ex-prefeito ACM Neto. O gestor soteropolitano, no entanto, declarou à imprensa que não há ilegalidade no processo e que ele ocorreu através de uma concorrência pública.

Para Robinson, o fato caracteriza favorecimento político com dinheiro público.

— Não sei se é legal, mas é imoral. Escandaloso. O valor contratado é quase 30 vezes maior do que o previsto na Lei Orçamentária do município. Isso escancara o uso da máquina pública para beneficiar aliados políticos. Salvador precisa de investimentos em saúde, educação e infraestrutura, não de gastos milionários para beneficiar aliados políticos ou familiares de ACM Neto — criticou o parlamentar.

Além disso, o deputado do PT lamentou a fala do prefeito sobre a morte de uma paciente na UPA do Pau Miúdo, ocorrida na última terça-feira (12), após suposta falta de oxigênio na unidade. Reis argumentou que Adnailda Souza Santos, de 43 anos, foi atendida “de imediato” e que “não houve problema nenhum de falta de oxigênio”. A declaração contrasta com a denuncia do marido da vítima, que filmou a ocorrência e protestou em sessão na Câmara de Vereadores. O vídeo viralizou nas redes sociais.

Para Robinson Almeida, a declaração minimiza a gravidade do caso e desrespeita a família da vítima.

“O vídeo gravado pelo marido da vítima viralizou nas redes sociais e desmente a versão oficial. A resposta do prefeito reforça a negligência e soa como um desrespeito ao marido da vítima, que testemunhou tudo. Esse caso não pode ser encoberto e precisa ser investigado”, afirmou o deputado.

Foto: Divulgação 

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