Serviço Especializado em Abordagem Social identifica trabalho infantil em Lauro de Freitas e promove ações
Com foco em erradicar o trabalho infantil em Lauro de Freitas, equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) e do Departamento de Assistência à Crianças e Adolescentes, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (SEMDESC), percorreram ruas do município para identificar crianças e adolescentes que se enquadram nesse perfil. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (27), em localidades de Vilas do Atlântico e Areia Branca.
A iniciativa é fruto de um trabalho de identificação realizado nas semanas de 04 a 07 e de 11 a 14 de maio, que mapeou 11 crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil na cidade. Os locais visitados hoje foram escolhidos de forma estratégica, a partir da observação anterior. Em Areia Branca, duas crianças foram observadas comercializando fogos de artifício. Enquanto em Vilas do Atlântico, outras quatro foram flagradas vendendo frutas em frente a um estabelecimento comercial.
A abordagem teve como objetivo fazer convite às famílias das crianças e adolescentes a visitarem o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para entender o contexto em que elas estão inseridas e implementar políticas públicas para atender esta parcela da população, segundo a coordenadora do equipamento, Maria Conceição Silveira.
“A partir da próxima semana a nossa equipe vai atender essas famílias para identificar as suas necessidades e dar suporte para que as crianças não precisem ir às ruas”, explicou.
A pasta pretende verificar se o público é beneficiário de algum programa de transferência de renda ou se existe membro com deficiência, para tentar suprir a demanda financeira da família.
“Será um trabalho contínuo e compartilhado com outros órgãos para traçar um acordo com essas famílias e tirar essas crianças das ruas”, completou.
O trabalho de menores de 14 anos de idade é proibido, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Patrícia Santana, coordenadora do SEAS, salientou que a prática pode causar danos a esse público.
“Nós temos esse olhar apurado para o trabalho infantil, principalmente pelos danos que eles causam às crianças e aos adolescentes, como a queda do rendimento escolar, a exposição e a falta de tempo para aproveitar a infância”.
Jornalista: Aina Soledad
Foto: Natanael Kiss