“Sintoma de uma sociedade doente e sem empatia”, diz Ireuda Silva sobre aumento dos casos de injúria racial
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), disse que o aumento do número de casos de injúria racial no Brasil é sintoma de uma sociedade cada vez mais doente e sem empatia. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), as ocorrências relacionadas a esse tipo de crime aumentaram 40% entre 2021 e 2022.
“Embora os mais de 300 anos de escravidão ainda sejam uma chaga relativamente recente no Brasil, o crescimento do número de casos de injúria racial demonstra o quanto estamos numa sociedade doente e sem empatia. Esses racistas de plantão perderam totalmente a vergonha, sendo capazes de protagonizar um show de horrores no meio da rua e em plena luz do dia”, diz Ireuda. Nesta semana, correu o país o vídeo em que uma mulher branca agride fisicamente e profere xingamentos racistas contra um entregador negro.
“É uma cena horrorosa, que nos remete ao que houve de pior na época da escravidão, quando os escravizados eram severamente agredidos e até mortos se ousassem desagradar minimamente aos seus senhores. Mas a impunidade impera. Se uma criminosa dessa espécie fosse levada para um presídio, sem os privilégios aos quais está acostumada, certamente tais casos não seriam tão numerosos. Não pode ser só uma multa e a estrutura social não pode mais proteger o racista. Chega!”, acrescenta a republicana.