Soldado Prisco sofre perseguição por falar a verdade
Soldado Prisco vem sofrendo uma enorme perseguição política e enfrenta a abertura de vários Processos Administrativos Disciplinares (PADs) com objetivo de calar sua voz por representar a categoria policial e bombeiro militar, falar a verdade sobre as condições salariais e reivindicar melhores estruturas de trabalho para os policiais.
O Coordenador Geral da ASPRA/BA tem sido alvo de constantes processos, segundo afirmações dele, por defender os direitos dos Policiais e Bombeiros Militares. “Sou uma liderança de categoria e estou tendo minha liberdade de expressão e de representação cerceada. Essa é uma garantia de nossa constituição, por isso me mantenho nessa luta. Não falo por mim, mas em nome dos Policiais e Bombeiros da Bahia. O que estão fazendo é uma perseguição declarada”, explicou. “Recebo denúncias de abusos, falta de estrutura de trabalho, descaso com a saúde mental e tantas outras situações corriqueiras na instituição e não posso me calar. Minha voz tem sido, as vezes, a única alternativa de socorro. Sempre quando exponho essas mazelas, os Comandantes correm para corrigir, são graves as denúncias e não posso me calar”, completou o representante.
PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
Dentre os processos abertos pelo Estado da Bahia contra o Coordenador Geral da ASPRA/BA, que é também presidente da Associação Nacional de Praças (Anaspra), está o que busca puni-lo por uma entrevista concedida ao programa “No Limite Podcast Policial”. No dia, Prisco fez críticas ao planejamento
operacional utilizado pela Polícia Militar e destacou o quanto isso tem prejudicado a categoria e a sociedade. “Será que expor a falta de segurança vivenciada pelos policiais e consequentemente pela sociedade é um crime?”, indaga Prisco.
O coordenador defendeu o fim do uso da Guarnição tipo A, composta por apenas 2 policiais. “Hoje você enfrenta um crime que anda de bonde, com armamento pesado. Então, a guarnição tipo A deveria ser banida da Polícia Militar. Esse tipo de policiamento não cabe mais. Não oferece condições de segurança nem pra ele, quanto mais para sociedade”, disse na entrevista.
Outro processo aberto contra o Coordenador Geral da ASPRA/BA, que é também presidente da Anaspra, diz respeito às críticas feitas por Prisco, nas redes sociais, contra o planejamento da “Operação Paz”, idealizada pelo Governo do Estado da Bahia em convênio com o Governo Federal.
Nos vídeos, o Soldado Prisco relata a insatisfação dos policiais baianos quanto a forma com a qual eram realizadas as operações. Disse no vídeo: “ (…) Todos policiais praticamente insatisfeitos com a forma que tá (sic) sendo aplicada essa operação (…) Sem direito a almoço e hospedagem (…) O último serviço, inclusive, é pago a metade do valor, 150 reais. Não tem direito a adicional noturno durante todo o serviço, mesmo sendo serviço de 24 horas(…) Não é essa forma que eu espero que o governador trate os policiais, na forma da opressão (…) Governador Jerônimo Rodrigues a tropa está insatisfeita”.
EXPLICAÇÃO
Em relação aos PADs, o soldado Prisco explica a diferença entre suas colocações e a de outros Influencers: “Todos precisam entender que eu falo na condição de representante de uma categoria. Não faz qualquer sentido esses Processos. Que democracia é essa que um representante de categoria, coordenador de uma Entidade com pelo menos 15 mil associados na Bahia e que ainda é presidente de uma Entidade Nacional, não pode tecer críticas construtivas ao Estado e sua administração sob pena de punição severa? É um verdadeiro ABSURDO”, questionou.
A assessoria jurídica da ASPRA/BA está conduzindo a defesa do representante e apresentará defesa, mas afirma que somente através de ação judicial a suruacaonsera revertida, pois não se trata de uma questão simplesmente de direito, mas uma perseguição política.
Foto: Divulgação