Vandalismo impacta na qualidade de vida dos soteropolitanos
Salvador vem se transformando e agora oferece aos cidadãos uma gama de equipamentos públicos de qualidade. Mas, apesar das operações educativas e fiscalizações contínuas para garantir a preservação do patrimônio público, ações criminosas de vandalismo continuam ocorrendo em toda a cidade e em diversos setores.
O gasto com furtos de cabos semafóricos, por exemplo, chegou a R$178 mil em 2020. Esta prática criminosa prejudica a fluidez do trânsito e incide em diversos transtornos aos condutores e pedestres. A área com a maior incidência deste tipo de vandalismo foi a região do Centro.
As placas de sinalização também são alvos constantes da ação de vândalos. De acordo com dados apresentados pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) a cidade teve um gasto anual de R$7,6 mil com vandalismo destes recursos. Os maiores índices registrados neste caso foram nos bairros da Barra, Rio Vermelho, Mussurunga, Ribeira, Brotas, Boca do Rio e Federação.
Os prejuízos também se estenderam ao setor de iluminação da capital baiana. Em todo o ano passado, segundo a Diretoria de Serviços e Iluminação Pública (Dsip), vinculada a Secretaria de Ordem Pública (Semop), o prejuízo financeiro pelos casos de vandalismo e furtos de itens de iluminação chegaram ao patamar de R$ 400 mil.
Infelizmente são incontáveis as áreas prejudicadas pelos criminosos. De janeiro a novembro do ano passado, a Secretaria de Manutenção (Seman) fez a reposição de 473 novos balizadores nas localidades da Barra e Rio Vermelho. Estes itens, compostos de ferro ou polietileno de alta densidade, são artifícios usados para fazer o ordenamento do tráfego, fazendo a divisão entre as vias de trânsito e passeios. Normalmente os itens são quebrados ou tombados quando os carros são estacionados ou, ainda, furtados ou arrancados propositalmente.
Praças – As praças, que às vezes são a única alternativa de lazer para as famílias nas comunidades, também são alvos constantes de depredação e das mais variadas ações danosas. A Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal) estima que a capital tem um gasto mensal de R$30 mil para recuperar praças públicas vandalizadas.
Em 2020, cerca de 100 espaços sofreram algum tipo de depredação. Entre as praças danificadas estão a Praça do Padre, no Subúrbio Ferroviário, onde alguns dos equipamentos da academia de saúde chegaram a ser arrancados pelos vândalos. Também houve danos nos brinquedos do parque infantil e pichação nos demais componentes.
A Praça João Mangabeira, nos Barris, também passou por atos de vandalismo com telas, plantas e brinquedos danificados. A Praça Lord Cochrane, situada na Avenida Garibaldi, foi outra área prejudicada com pichações.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom