Vereador Dr. José Antonio afirma que falta vontade política e bom senso para o retorno às aulas presenciais

O vereador Dr. José Antonio (PTB) é favorável ao retorno das aulas presenciais o mais breve possível em Salvador. “Sou favorável, mas dentro de um contexto em que haja uma logística e o respeito ao que prescrevem os sanitaristas. Isso é plenamente factível. Desde que haja vontade política e bom senso”, disse.

“É necessário criar medidas que protejam as crianças dentro da escola, como distanciamento entre as cadeiras, uso de máscaras, higiene das mãos com álcool gel a 70%, medição da temperatura corporal ao entrar na escola, presença de auxiliares de disciplina que promovam o distanciamento entre os alunos — evitando que se aglomerem no intervalo entre as aulas. Com essas medidas, o retorno às aulas é algo, claramente, necessário e possível. Até mesmo porque esperar que a maioria da população se vacine pode demandar de um a dois anos — o que seria desastroso para a formação de nossos jovens”, destacou.

Segundo o parlamentar, não é possível condicionar esse retorno a uma plena vacinação.

“Isso é utópico. Talvez a vacinação se enverede até o ano que vem ou mais para atingir toda a população. A quantidade de pessoas vacinadas hoje está muito aquém do necessário. Nós nos atrasamos muito. Além disso, não existem vacinas para as crianças”, avaliou.

O parlamentar afirma que as crianças não podem ficar mais um ano sem estudar. Sobretudo, as crianças mais humildes, sem acesso à internet, celulares, notebooks, para a realização das aulas remotas.

“Infelizmente essa exclusão digital impede que as crianças mais pobres tenham aulas de forma remota. Essas crianças estão prejudicadas, muitas delas estão passando até fome. Estou falando como médico, não podemos mais ver essas crianças nesse contexto de manifesto agravo à sua formação e à sua saúde física e mental. Mantê-las encarceradas em casa indefinidamente pode suscitar, além de prejuízos educacionais, depressão e outras mazelas. O acesso à educação é um direito que não deve mais ser tolhido delas”, frisou Dr. José Antonio.