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Exploração do trabalho infantil – Auditores fiscais do trabalho chamam a atenção para essa prática na Bahia

A pandemia trouxe uma série de consequências, entre elas, o aumento do desemprego na sociedade, fazendo com que diversas famílias buscassem meios  ilegais, como a exploração do trabalho de crianças e adolescentes, para garantir o sustento do lar.

Na Bahia é possível encontrar cerca de 125 mil trabalhadores infantis espalhados pelos 417 municípios do estado, conforme relata o auditor fiscal do trabalho e presidente da Delegacia Regional do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Anastácio Gonçalves Filho.

“No último dia 12, foi o Dia de Combate ao Trabalho Infantil. Esse é um mês onde concentramos os nossos esforços para conscientizar e chamar a atenção da população para essa prática. Em muitas localidades do interior encontramos crianças e adolescentes tendo os seus direitos violados e, até mesmo, sendo impedidas de estudar para priorizar o trabalho”, explica o auditor fiscal do trabalho.

Através da campanha “O Trabalho Não Enobrece A Criança”, os auditores fiscais do trabalho na Bahia esperam chamar a atenção da sociedade civil para esse tipo de prática e unir forças junto a entidades e órgãos que já trabalham em defesa dos direitos das crianças e adolescentes.

De acordo com os últimos dados da Rede Peteca, chega a 2,4 milhões o número de crianças e adolescentes que trabalham em alguma área no Brasil.

Vendas de doces e lavagem de vidros de carros no semáforo estão entre as principais formas de trabalho infantil. Mas também é possível encontrar crianças e adolescentes trabalhando em lavouras, olarias, casas de farinhas e bares.

Violar direitos de crianças e adolescentes é crime, conforme prevê a Lei Federal 8.069 de 1990. Em caso de suspeita ou comprovação de trabalho infantil, a recomendação é de que seja feita uma denúncia través do Disque 100

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