Paulo Câmara volta a culpar governo do estado pelo aumento dos combustíveis e explica cálculo do preço
O deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) voltou a responsabilizar o governo do estado pelo aumento nos preços dos combustíveis, que já acumulam alta de mais de quase 37% desde janeiro deste ano. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Câmara explica ainda o cálculo que tem levado a esse crescimento. O parlamentar vem denunciando os sucessivos aumentos e responsabilizando o governo, que nega a culpa.
Paulo Câmara explicou que os preços dos combustíveis são definidos em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que é presidido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, com a participação dos secretários estaduais da Fazenda – a Bahia é representada pelo secretário Manoel Vitório.
“O secretário solicita na publicação do Ato Cotepe/PMPF, que é preço médio ponderado ao consumidor final, esse ato é publicado pela União a pedido do Confaz, e nesse ato já consta um novo valor que é determinado pelo estado que solicita. Portanto, a Bahia poderia permanecer, diminuir ou aumentar o preço”, afirma.
Contudo, continua Câmara, o que houve foram sucessivos aumentos no valor. “E o que o governo diz? ‘Eu não mexi na alíquota do ICMS, está lá travada’. Mas mexe no cálculo que incide diretamente sobre os preços dos combustíveis. Essa é a forma de ludibriar os baianos. Portanto, esses aumentos que correspondem a quase 37% são culpa e responsabilidade do Governo do Estado da Bahia”, ressalta o parlamentar.
O deputado tucano ainda cita uma nota divulgada pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), que representa em âmbito nacional cerca de 41 mil postos revendedores. A nota diz que na Bahia, por exemplo, o valor base de cálculo da gasolina passou de R$ 5,6410 para R$ 6,0440 segundo o mais recente Ato Cotepe. O reajuste é de R$ 0,4030/litro, que poderá incidir em aumento no custo do produto para o posto revendedor de, aproximadamente, R$ 0,11/litro (28% de R$ 0,4030).
Foto: Divulgação