Salvador

XII Jornada de Dança da Bahia começa nesta quinta-feira (11) presencialmente no TCA e com atividades gratuitas

Celebrando a experimentação artística, evento, que acontece até dia 15 de novembro, conta com espetáculos, workshops e oficinas com artistas de vários locais do Brasil

Ocupando o Teatro Castro Alves (TCA) e os Largos Terreiro de Jesus e Cruzeiro de São Francisco, no Pelourinho, a XII Jornada de Dança da Bahia acontece de quinta (11) até segunda (15), com programação completamente gratuita. Explorando o tema “Quem não experimentar, não entenderá copiando”, frase da dançarina e coreógrafa Isadora Duncan (1877-1927), o evento, que será presencial, tem em sua grade de atrações espetáculos e bate-papos gratuitos e abertos ao público. Também sem custo, as oficinas, residência artística e o Fórum de Educadores da Bahia são abertos ao público, mas somente as pessoas selecionadas via chamamento público poderão participar.

Na programação artística, serão realizados seis espetáculos, com destaque para “Verso e Reverso”, da Escola Contemporânea de Dança (BA) e Lori Belilove (EUA), dançarina e diretora artística da Isadora Duncan Dance Foundation; e para “Memória da Águas”, de João Perene (BA), que acontece no dia 11 de novembro, às 20h na sala principal do Teatro Castro Alves. No dia 12 de novembro, o público confere a Mostra INVEX | Invente Experimente, que integra a programação da Jornada, reunindo 15 apresentações e coreografias de jovens talentos que foram selecionados através de uma convocatória, revelando novas faces da dança baiana e nacional. Já a programação pedagógica terá tanto oficinas de dança direcionadas para artistas, professores e estudantes de dança quanto bate-papos abertos ao público e o Workshop Internacional De Certificação na Técnica de Isadora Duncan da ECD, ministrado por Lori Belilove (EUA). Mais informações sobre a da XII Jornada de Dança da Bahia podem ser encontradas no site: www.jornadadedanca.com,

Para Fatima Suarez, diretora do projeto, a possibilidade da Jornada de Dança voltar a acontecer presencialmente é uma oportunidade de reencontro de artistas de várias partes do Brasil e do Mundo, uma retomada de intercâmbios e oportunidades. “O aprendizado da dança precisa fundamentalmente de espaço para acontecer. Nada substitui a presença física e a liberdade de locomoção no espaço que a dança necessita. Será um lindo momento de reencontro e liberdade de expressão”, explica Fatima.

Todo o conceito da Jornada de Dança da Bahia se desenrola ao redor dos ideais e da filosofia de Isadora Duncan (1877-1927), a principal precursora da dança moderna. A ligação com esta dançarina que revolucionou as artes cênicas é uma das marcas mais importantes da história da Jornada, e se revela em diversos aspectos técnicos e conceituais, permeando toda a programação. O tema deste ano, “Quem não experimentar, não entenderá copiando”, remete a filosofia da dançarina estadunidense e busca uma reflexão sobre a importância da experimentação. A pandemia trouxe inúmeros desafios às expressões artísticas e um deles é de como os professores podem ensinar dança virtualmente. “Embora as informações estejam ao alcance dos olhos, não basta ver, é preciso experimentar. O tema também traz essa reflexão sobre o que estamos fazendo com o que estamos assistindo: estamos entendendo?”, questiona Fátima Suarez.

PROGRAMAÇÃO ARTÍSTICA: a programação de seis espetáculos regionais, nacionais e internacionais inicia no dia 11 de novembro, às 20h, as obras “Verso e Reverso”, da Escola Contemporânea de Dança (BA) e Lori Belilove (EUA) e “Memória das Águas”, de João Perene (BA), Já no dia 12 de novembro, às 20h, é dia de assistir 15 apresentações da “Mostra INVEX Invente Experimente”, projeto já tradicional da Jornada de Dança que reúne coreografias de jovens talentos, revelando novas faces da dança baiana e nacional dos grupos que foram selecionados através de uma convocatória.  As apresentações dos dois dias acontecem no palco principal do Teatro Castro Alves, com valor e local da retirada dos ingressos a ser definido e divulgado no site.

No dia 13 de novembro, às 20h, é dia para conhecer mais da cena de dança do nordeste com os espetáculos “Abaixo do Equador”, de Sérgio Galdino (PE) e “Querendo…”, coreografia de Henrique Rodovalho, do grupo Entre Nós (RN). Já no dia 14 de novembro, às 18h, haverá apresentações dos espetáculos “Fulaninhas’4″,  do Grupo X de Improvisação em Dança (BA) e “Ah, se eu fosse Marilyn”, de Edu O. (BA).  As apresentações acontecem na Sala do Coro, do complexo Teatro Castro Alves, com valor e local da retirada dos ingressos a ser definido e divulgado no site. No dia de encerramento da Jornada, no dia 15 de novembro, acontece às 16h30, gratuitamente e ao ar livre, no Largo Terreiro De Jesus/Cruzeiro de São Francisco (Pelourinho), uma cena coreográfica que mostrará os resultados da Residência Artística em Dança ministrada entre os dias 11 e 14 de novembro por Mônica Lira (PE), dançarina, coreógrafa e fundadora do Grupo Experimental.

FÓRUM DE EDUCADORES DE DANÇA: pelo oitavo ano a Jornada de Dança da Bahia realiza o Fórum de Educadores de Dança, que realiza um intercâmbio de experiências vividas em diferentes contextos, mas conectadas pelo interesse de se abranger repertórios diversos, questionar paradigmas, aprofundar o conhecimento e qualificar a prática. Na programação, estão oficinas, reservadas aos participantes inscritos, e bate-papos abertos ao público. Neste ano, quatro profissionais convidados compartilham seus conhecimentos: Sérgio Galdino (PE), Edileuza Santos (BA), Paola Bartolo (SP) e Andrea Raw (RJ). Profissionais de diversas origens do campo da dança, selecionados ao longo dos processos mantidos por todo o ano, participam desta ação, que é integralmente gratuita.

No dia 12 de novembro, a psicóloga e educadora Gisela Tapioca (BA) vai mediar o bate-papo “Quem não experimentar, não entenderá copiando”, com Mônica Lira (PE), Edu O . (BA) e Mayana Magalhães (CHINA/BA). Já no dia 13 de novembro, a coreógrafa e professora Lia Robatto (BA) mediará a conversa “Dança, Literatura e Memória”, com  Eliana Pedroso (BA), Jorge Silva (BA)  e Farid Rocha (RJ). Ambos acontecem gratuitamente a partir das 16h30 na Sala do Coro do TCA.

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA E WORKSHOP: com participantes selecionados em ações contínuas realizadas pela Jornada, 20 dançarinos participam de uma Residência Artística com Mônica Lira (PE), dançarina, coreógrafa e fundadora do Grupo Experimental, entre os dias 11 e 14 de novembro. Já durante todos os dias do evento, entre 11 e 15 de novembro, será realizado o Workshop com a técnica de Isadora Duncan, ministrado por Lori Belilove, dançarina estadunidense e diretora artística da Isadora Duncan Dance Foundation. As inscrições estão encerradas.

A XII Jornada de Dança da Bahia tem patrocínio da Termonorte, através da Lei de Incentivo à Cultura, com produção do Mantra Centro de Dança e realização da Escola Contemporânea de Dança e da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

SOBRE A JORNADA: Criada em 2005, a JORNADA DE DANÇA DA BAHIA é um encontro focado na relação entre dança e educação, realizado pela Escola Contemporânea de Dança, sob a coordenação da dançarina Fatima Suarez. Sua programação agrega o Fórum de Educadores de Dança, ação continuada voltada à reflexão sobre o ensino da dança na Bahia e no Brasil, e a Formação Itinerante de Professores de Dança, que ao longo de 13 anos capacitou mais de 1.600 jovens profissionais e educadores. A JORNADA DE DANÇA DA BAHIA busca favorecer o intercâmbio, provocando a difusão de práticas artístico-pedagógicas e incentivando a discussão e a pesquisa. É um evento interessado no artista/professor/aluno e em como estabelecer conexões inventivas entre estes, tendo como pontos de apoio o aprimoramento técnico, o incentivo à criação e as observações e opiniões em torno de propostas com variadas metodologias.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *